DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil haverá números do Novo Caged e a Ata do Copom
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(Brasília-DF, 27/08/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos mostrando os mercados globais em n;ivel estável e no Brasil haver;á números do Novo Caged e também a íntegra da Ata do Copom.
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Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam estáveis (S&P 500: estável; Nasdaq 100: estável) em dia de grande expectativa pelos resultados da Nvidia, que podem definir o rumo das bolsas. No pré-mercado, MongoDB dispara 31% e Okta avança 5% após balanços acima do esperado, ambos impulsionados pela demanda ligada a inteligência artificial. Ontem, os índices fecharam próximos da estabilidade, ainda digerindo a decisão de Trump de tentar remover a governadora Lisa Cook do Fed. No mês, o S&P 500 acumula alta de 2% e o Nasdaq 2%.
Na Europa, as bolsas sobem levemente (Stoxx 600: +0,1%) em compasso de espera pelo balanço da Nvidia. O índice europeu caminha para encerrar agosto com alta de quase 1,5%, seu melhor mês desde maio. Setorialmente, destaques positivos em autos, mídia e mineração (+0,6%), enquanto bancos (-0,2%) e químicos (-0,4%) recuam. Na França, o CAC 40 sobe +0,1% após queda ontem, ainda em meio a incertezas políticas ligadas ao voto de confiança ao premiê François Bayrou.
Na China, os mercados caíram (HSI: -1,3%; CSI 300: -1,5%) após divulgação de lucros industriais de julho, que recuaram 1,5% A/A, mostrando melhora em relação a meses anteriores, mas ainda em território negativo. O otimismo recente em torno da liquidez e da postura mais dovish do Fed foi temporariamente ofuscado por alertas de “exuberância irracional” no mercado chinês.
IBOVESPA -0,18% | 137.771 Pontos. CÂMBIO +0,39% | 5,43/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a terça-feira em queda de 0,2%, aos 137.771 pontos. O destaque do dia foi a divulgação do IPCA-15, que veio abaixo das expectativas do mercado, com uma composição desfavorável marcada pela reaceleração da inflação de serviços. Como resultado, as pontas curtas da curva de juros abriram e o dólar avançou 0,4%, fechando a R$ 5,43.
Entre os destaques positivos do dia temos Vibra (VBBR3, +3,1%), após os dados de volume de distribuição de combustíveis da ANP apontarem um ganho relevante de market share da companhia (veja aqui mais detalhes). Na ponta negativa, papéis sensíveis aos juros, como MRV (MRVE3, -3,4%) e Yduqs (YDUQ3. -2,5%), recuaram, repercutindo a abertura da curva de juros.
Para o pregão de quarta-feira, todos os olhos se voltam para a divulgação dos resultados do 2T25 da Nvidia, a companhia líder do rali de inteligência artificial.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira (26) com abertura da curva. No Brasil, o movimento refletiu a divulgação do IPCA-15 de agosto (-0,14% M/M), que teve contração aquém da esperada pelo mercado (-0,21% M/M), ao passo que indicou resiliência da inflação de serviços. Nos Estados Unidos, o foco esteve no embate entre Donald Trump e Lisa Cook, após o presidente ordenar sua remoção do Fed por denúncias ligadas a hipotecas, elevando preocupações sobre interferência política na autoridade monetária. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,68% (-4,2bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,26% (-0,7bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,9bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,98% (+5,9bps); DI jan/29 em 13,25% (+4,3bps); DI jan/31 em 13,59% (+2,4bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira em alta de 0,23%, impulsionado principalmente pelo desempenho dos fundos de papel, que registraram avanço médio de 0,20%. Os FIIs de tijolo também apresentaram desempenho positivo na sessão, embora em menor magnitude, com alta média de 0,12%.
O destaque do dia foi a divulgação do IPCA-15 de agosto. Apesar da deflação de 0,14%, influenciada por fatores como o bônus de Itaipu, o resultado veio acima do esperado pelo consenso (-0,20%) e apresentou composição desfavorável, com pressão da inflação de serviços. Como reflexo, houve abertura na ponta curta da curva de juros.
Entre as maiores valorizações individuais do dia, destacaram-se CACR11 (1,9%), BCIA11 (1,8%) e SNCI11 (1,7%). Já entre as principais quedas, figuraram BROF11 (-1,9%), JSAF11 (-1,1%) e HFOF11 (-0,8%).
Economia
O embate em torno da demissão da governadora do Fed Lisa Cook continuou a dominar as manchetes na terça-feira depois que ela prometeu entrar na Justiça para manter seu mandato. A discussão afetou a confiança no dólar e na dívida americana, mas os efeitos foram moderados. Já os dados divulgados nesta terça-feira mostraram sinais mistos. Os pedidos de bens de capital tiveram o maior aumento em mais de dois anos, mas, por outro lado, houve uma piora na percepção da confiança do consumidor quanto à capacidade de encontrar emprego.
No Brasil, dados de IPCA-15 mostraram uma inflação acima do esperado, com uma composição mostrando arrefecimento de preços de bens industrializados e alimentos, mas com forte pressão sobre os serviços, o que deve manter o índice geral em níveis elevados. As contas externas, por sua vez, mostraram resultado pior que o antecipado, com forte saída de lucros e dividendos. As transações correntes acumulam agora déficit de 3,5% do PIB, mas permanecem sendo financiadas pelos ingressos de investimento direto no país.
Na agenda do dia, teremos a divulgação da nota de crédito e política monetária pelo Banco Central e os dados de criação líquida de empregos do cadastro geral de empregados e desempregados (Caged) pelo Ministério do Trabalho (consenso: 135 mil, XP: 130 mil). Não há indicadores relevantes esperados no exterior.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real