31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda hoje e na semana, no Brasil, o destaque para o IPCA-15 de agosto

Por Política Real com agências
Publicado em
Mercados em queda Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 25/08/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em baixa e no Brasil atenção para fica para o IPCA-15 de agosto.

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Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA recuam (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,3%), após a forte alta da sexta-feira, quando o Dow Jones disparou 1,9% e fechou em nova máxima histórica. O rali foi impulsionado pelo discurso de Jerome Powell em Jackson Hole, sinalizando possível início de cortes de juros já em setembro — o mercado precifica 84% de chance, segundo o CME FedWatch. O foco da semana recai sobre o balanço da Nvidia, na quarta-feira, e o PCE de julho, na sexta-feira.

Na Europa, as bolsas operam em baixa (Stoxx 600: -0,2%), com quedas na Alemanha (DAX: -0,5%) e França (CAC 40: -0,5%), enquanto Londres permanece fechada por feriado. Orsted despenca 15% após autoridades dos EUA ordenarem a paralisação de um projeto offshore em Rhode Island, e a holandesa JDE Peet’s salta 17% após anúncio de compra pela americana Keurig Dr Pepper por EUR 15,7 bi.

Na China, os mercados subiram com força (CSI 300: +2,1%; HSI: +1,9%), após Powell reforçar a expectativa de afrouxamento monetário nos EUA. Investidores também reagiram à flexibilização das regras de compra de imóveis em Xangai, o que impulsionou papéis do setor imobiliário. O movimento foi acompanhado por altas em Taiwan (+2,2%) e Coreia do Sul (+1,3%).

Economia

Na sexta-feira, Jerome Powell, presidente do banco central dos Estados Unidos, sinalizou a possibilidade de retomada do ciclo de cortes de juros já na próxima reunião de política monetária (setembro). Ademais, o Canadá anunciou a retirada de parte das tarifas retaliatórias impostas aos Estados Unidos. A medida entra em vigor em 1º de setembro e sinaliza um avanço nas negociações bilaterais. O anúncio ocorreu após conversa entre o primeiro-ministro Mark Carney e o presidente Donald Trump, em que ambos concordaram em retomar as negociações.

Nesta semana, agenda internacional de indicadores relativamente vazia. A principal divulgação será a inflação ao consumidor de julho dos Estados Unidos, medida pelo deflator do PCE (despesas de consumo), o principal índice de inflação utilizado pelo banco central.

IBOVESPA +2,57% | 137.968 Pontos.   CÂMBIO -1,02% | 5,42/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a semana em alta de 1,2% em reais e 0,7% em dólares, aos 137.968 pontos.

Entre os destaques positivos da semana, Pão de Açúcar (PCAR3, +13,3%) avançou após a companhia afirmar que as recentes renúncias de membros dos comitês financeiro e de auditoria estatutário não impactam o funcionamento dos colegiados.

Na ponta negativa, Marfrig (MRFG3, -2,8%) recuou após o Cade suspender a análise do processo de fusão com a BRF (BRFS3, -0,2%), em função de um pedido de vistas.

Renda Fixa

No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com forte abertura da curva. Esse movimento foi impulsionado pelo impasse entre Brasil e EUA no âmbito da validade da Lei Magnitsky em território nacional. Como efeito secundário, a curva também foi influenciada pelas pesquisas eleitorais recém divulgadas no país. As taxas de juro real tiveram alta, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,94% a.a. (vs. 7,60% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,9% (inalterada 0bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 13,96% (+4,5bps); DI jan/29 em 13,28% (+19bps); DI jan/31 em 13,64% (+28bps); DI jan/35 em 13,85% (+33bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,70% (-5,4bps vs. semana anterior), enquanto os de dez anos em 4,26% (-5,7bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira em alta de 0,13%, embora tenha acumulado uma queda de 0,04% ao longo da semana. O desempenho semanal refletiu a expressiva abertura da curva de juros, impulsionada pelas crescentes tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos e pela piora na percepção de risco fiscal entre os agentes de mercado, intensificada pela divulgação de pesquisas eleitorais favoráveis ao atual governo.

No desempenho setorial, os fundos de tijolo lideraram os ganhos da sessão, com alta média de 0,14%, seguidos pelos fundos de papel, que avançaram 0,09%. Entre os destaques positivos figuraram RBRX11 (2,3%), URPR11 (2,2%) e SARE11 (1,3%). Por outro lado, as principais quedas foram observadas em RBFF11 (-1,5%), BLMG11 (-1,0%) e BTAL11 (-1,0%).

No Brasil, o destaque fica para o IPCA-15 de agosto, que deverá apresentar queda devido à distribuição do bônus de Itaipu, que causa recuo na tarifa de energia elétrica. Do lado da atividade econômica, atenções voltadas para a criação de empregos formais (relatório Caged). Na seara fiscal, teremos o resultado primário do governo central. Por fim, o Banco Central divulgará as estatísticas de crédito e setor externo. Todos os indicadores são referentes a julho.

( da redação  com informações de assessoria. Edição: Política Real)