Alexandre de Moraes, depois que André Mendonça, na Lide, disse que juiz não deve se impor pelo medo, disse que Impunidade, omissão e covardia nunca deram certo na história” e que juiz que não resiste à pressão deve mudar de profissão
“Normalidade democrática não significa tranquilidade. Significa saber reagir às crises a partir das balizas constitucionais”, disse Moraes
Publicado em
(Brasília-DF, 22/08/2025) No final do dia, após o ministro do STF, André Mendonça, dizer em painel do no 24º Fórum Empresarial LIDE, no Rio de Janeiro que juiz não deve se impor pelo medo, o ministro Alexandre de Moraes, também no mesmo evento, fez uma defesa enfática da democracia brasileira e da necessidade de consolidar garantias de segurança institucional, jurídica e pública.
Moraes ressaltou que, apesar das turbulências, o Brasil acumula conquistas sólidas desde 1988.
“Normalidade democrática não significa tranquilidade. Significa saber reagir às crises a partir das balizas constitucionais”. Ele lembrou que, em 37 anos de Estado de Direito, o país superou dois impeachments, manteve eleições periódicas e preservou a independência do Judiciário.
O ministro advertiu contra o que chamou de “trinca perigosa” que ameaça democracias em todo o mundo.
“Impunidade, omissão e covardia nunca deram certo na história. Sempre corroem os valores da democracia e levam ao autoritarismo”.
Ao falar sobre liberdade de expressão, Moraes destacou a diferença entre manifestação e discurso de ódio. “Sempre tentaram confundir liberdade de expressão com liberdade de agressão. Democracia é o governo da liberdade com responsabilidade igual para todos”.
Ele reforçou a importância de imprensa livre, eleições periódicas e um Judiciário independente como pilares democráticos. “O juiz que não resiste à pressão deve mudar de profissão. O Judiciário cresce com a pressão, porque sua função é julgar e decidir”.
O ministro também apontou os próximos grandes desafios do país. “Segurança será a pauta central dos próximos anos — segurança institucional, segurança jurídica e segurança pública. Não há como avançar sem fortalecer esses três pilares”.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)