31 de julho de 2025
MUNDO

Zelensky volta a Washington para se reunião com Donald Trump nesta segunda-feira

Zelenski reiterou a importância de envolver a Europa – que, assim como o líder ucraniano, não estava presente na cúpula de sexta

Por Política Real com agências
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Donald Trump vai receber volodymyr Zelensky, novamente Foto: Folha de PE

(Brasília-DF, 16/08/2025).  Foi confirmado hoje, 16, por agencia de notícias e depois dito em redes sociais, que haverá uma reunião na segunda-feira, 18, entre os presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em consequência da reunião dessa sexta-feira, 15, entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin em uma base militar no Alasca,

Zelenski afirmou que planeja se encontrar com Trump em Washington na segunda-feira ,18. "A Ucrânia reafirma sua disposição de trabalhar com o máximo esforço para alcançar a paz", afirmou o mandatário, no X.

"Apoiamos a proposta do presidente Trump para uma reunião trilateral entre Ucrânia, EUA e Rússia. A Ucrânia enfatiza que questões-chave podem ser discutidas no nível de líderes, e um formato trilateral é adequado para isso", acrescentou.

Trump confirmou o encontro. Segundo pessoas envolvidas nas negociações ouvidas pela agência de notícias Reuters, se "tudo der certo" no encontro com Zelenski, ele pretende agendar uma outra reunião com Putin.

No encontro de sexta, Trump defendeu que a melhor maneira de encerrar a guerra é "ir diretamente para um acordo de paz, não para um cessar-fogo".

Putin apenas manifestou que Trump e ele "chegaram a um acordo para pavimentar o caminho para a paz".

"O presidente tem uma visão clara do que nós queremos atingir. Espero que os acordos de hoje sejam o início da solução", declarou.

Líderes europeus a postos

Zelenski reiterou a importância de envolver a Europa – que, assim como o líder ucraniano, não estava presente na cúpula de sexta.

"É importante que os europeus estejam envolvidos em todas as etapas para garantir garantias de segurança confiáveis, juntamente com os Estados Unidos", publicou no X.

Em declaração conjunta neste sábado (16/08), o Conselho Europeu – instituição que define as orientações políticas gerais da União Europeia – e líderes europeus se dispuseram a integrar as tratativas de paz.

"Os líderes saudaram os esforços do presidente Trump para interromper a matança na Ucrânia, encerrar a guerra de agressão da Rússia e alcançar uma paz justa e duradoura", diz o comunicado, assinado pelos seguintes governantes: Emmanuel Macron (França), Giorgia Meloni (Itália), Friedrich Merz (Alemanha), Keir Starmer (Reino Unido), Alexander Stubb (Finlândia), Donald Tusk (Polônia), além de António Costa, chefe do Conselho Europeu, e Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.

"Também estamos prontos para trabalhar com o presidente Trump e o presidente Zelenski em direção a uma cúpula trilateral com apoio europeu", reforça o comunicado.

A declaração enfatiza que "a Ucrânia precisa de garantias de segurança sólidas para defender efetivamente sua soberania e integridade territorial".

"Não devem ser impostas limitações às forças armadas da Ucrânia ou à sua cooperação com terceiros países. A Rússia não pode ter poder de veto contra o acesso da Ucrânia à UE e à Otan. Caberá à Ucrânia tomar decisões sobre seu território. As fronteiras internacionais não devem ser alteradas à força", defendem os líderes.

Eles afirmam ainda que seguirão com sanções contra a Rússia e outras medidas econômicas para pressionar o país a um acordo de "paz justa e duradoura".

Forças russas tomam aldeias ucranianas

Apesar da cúpula para discutir formas de encerrar o conflito na Ucrânia, a Rússia continuou seus ataques contra seu vizinho durante a noite de sexta. A Ucrânia revidou com mais ataques.

O Ministério da Defesa russo informou neste sábado que suas forças tomaram as aldeia de Kolodyazi, na região de Donetsk, e de Vorone, na região vizinha de Dnipropetrovsk, de acordo com a mídia estatal.

A Força Aérea da Ucrânia afirmou que a Rússia alvejou as regiões de Sumy, Donetsk, Chernigov e Dnipropetrovsk com 85 drones – 61 dos quais destruídos pela defesa aérea ucraniana.

A mídia russa também relatou a interceptação de cerca de 29 drones ucranianos.

( da redação com informações da DW, DPA, AP.  Edição: Política Real)