Donald Trump recebe Vladimir Putin com tapete vermelho, bate palmas para o líder russo; ambos seguem par reunião no veículo oficial da Casa Branca, a conhecida “Besta”
Já Vladimir Putin, antes de chegar no Alaska, fez uma rápida parada em Magadan, uma remota cidade portuária no extremo leste da Rússia, a caminho do Alasca
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Com agências
(Brasília-DF, 15/08/2025) Na tarde desta sexta-feira, 15, e no final da manhã na base militar Elmendorf-Richardson, na cidade de Anchorage, no Alaska, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidenrte da Rússia, Vladimir Putin, se encontraram para a esperada reunião entre ambos sobre a negociação de um possível cessar-fogo na guerra na Ucrânia.
Os dois líderes chegaram à base militar Elmendorf-Richardson, praticamente ao mesmo tempo, se cumprimentaram, posaram para fotos e seguiram para a reunião, sem fazerem declarações aos jornalistas. Trump recebeu Putin em tapete vermelho e batia palmas para o líder russo enquanto ele se dirigia ao presidente dos Estados Unidos caminhando num tapete vermelho. Depois de baterem fotos os dois seguiram juntos no veículo oficial do Presidente dos Estados Unidos, a conhecida “besta”. Eles dialogavam enquanto estiveram juntos neste momento. Se sabe que Putin fala inglês mas não se sabe se Trump fala russo.
A comitiva dos Estados inclui nomes como o secretário de Estado Marco Rubio, o secretário do Tesouro Steve Bessent, o secretário de Comércio Howard Lutnick, o enviado especial Steve Witkoff, a secretária de imprensa Karoline Leavitt e o diretor da CIA John Ratcliffe.
Já Vladimir Putin, antes de chegar no Alaska, fez uma rápida parada em Magadan, uma remota cidade portuária no extremo leste da Rússia, a caminho do Alasca.
Localizada às margens do mar de Okhotsk, a cidade é mais conhecida internacionalmente por ter sido um importante centro do sistema de prisões do Gulag durante a era Stalin.
A TV estatal russa registrou o presidente passeando por instalações de produção locais, reforçando a imagem de líder "mão na massa". Putin visitou uma nova linha de suplementos alimentares russos, apresentados como parte do esforço de Moscou para alcançar "independência total" das importações ocidentais — embora todos os produtos exibidos estivessem embalados com rótulos em inglês.
Antes de seguir para Anchorage, Putin ainda visitou uma fábrica de processamento de peixes e um complexo esportivo em Magadan.
Está marcada uma coletiva para depois do encontro entre Putin e Trump, porém ainda não há um horário definido, já que a reunião entre os presidentes pode se estender devido à importância dos temas a serem abordados
Em um post na sua rede social Truth Social, o presidente americano havia destacado a expectativa pelo encontro, escrevendo: "HIGH STAKES!!!" (algo como "muito em jogo", em tradução livre).
Como vai ser
A cúpula do Alasca é o primeiro encontro presencial entre líderes em exercício dos EUA e da Rússia desde 2021. A invasão da Ucrânia, iniciada ainda sob o governo de Joe Biden, afastou a diplomacia de Washington, que passou a aplicar sanções contra Moscou em retaliação ao conflito.
Por que o encontro é no Alasca
O Alasca foi comprado pelos EUA da Rússia em 1867, o que dá um peso histórico à reunião. O território se tornou Estado americano em 1959.
O assessor presidencial russo Yuri Ushakov destacou que os dois países são vizinhos, separados apenas pelo Estreito de Bering.
"Parece bastante lógico para a nossa delegação simplesmente voar sobre o Estreito de Bering e que um encontro tão importante e aguardado entre os líderes dos dois países seja realizado no Alasca", afirmou.
A última vez que o Estado foi palco de um evento diplomático relevante foi em março de 2021, quando a equipe recém-nomeada de diplomacia e segurança nacional de Joe Biden se reuniu com representantes da China em Anchorage. O encontro foi marcado por tensões, com acusações chinesas de "condescendência e hipocrisia" por parte dos americanos.
Na cidade, poucos sinais indicam a realização da reunião de alto risco, além da presença de equipes de imprensa internacionais. Jornalistas dividem espaço com turistas vindos dos "48 Estados inferiores" que visitam a natureza selvagem do Alasca durante a alta temporada.
( da redação com DW e BBC. Edição: Política Real)