Fernando Haddad informa que reunião com secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent foi cancelada; ele disse que isso se deu face as “forças de extrema direita”
Haddad disse que o Brasil está tendo tratamento diferenciado em relação a outros países e blocos econômicos
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Com agências
(Brasília-DF, 11/08/2025) Na tarde desta segunda-feira, 11, o o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu uma entrevista ao Estudio I, do canal GloboNews, questionado, informou que a reunião que ele teria, de forma virtual, como tinha sido anunciado ainda na semana passada com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent foi cancelada. Ele disse que isso se deu por conta de forças de extrema direita.
“A militância antidiplomática dessas forças de extrema direita que atuam junto à Casa Branca teve conhecimento da minha fala, agiu junto a alguns assessores, e a reunião virtual que seria na quarta-feira foi desmarcada”, declarou.
Haddad, informou a Política Real, tinha dito que Bessent o tinha procurado para discutir o tarifaço do governo Donald Trump sobre os produtos brasileiros. O encontro primeiramente ocorreria por meio de videoconferência e depois seria estendido para uma conversa presencial.
“A assessoria do secretário Bessent fez contato conosco ontem [quarta-feira, 30] e, finalmente, vai agendar uma segunda conversa. A primeira, como eu havia adiantado, foi em maio, na Califórnia. Haverá agora uma rodada de negociações e vamos levar às autoridades americanas nosso ponto de vista”, disse Haddad no último dia 31.
Haddad disse ter sido informado do cancelamento por e-mail, “um ou dois dias depois” de o próprio secretário de Tesouro dos EUA ter informado a reunião à imprensa. O ministro considera a motivação do cancelamento política, não econômica.
“Agiram junto a alguns assessores do presidente Trump, e a reunião com ele, que seria virtual na quarta-feira, foi desmarcada e não foi remarcada até agora”, comentou Haddad. “Argumentaram falta de agenda. Uma situação bem inusitada. O que fica claro para nós é que a questão comercial não está em foco", afirmou.
O ministro da Fazenda lembrou que o Brasil está tendo tratamento diferenciado em relação a outros países e blocos econômicos que conseguiram negociar com o governo de Donald Trump, como a União Europeia, o Japão e a Coreia do Sul.
( da redação com informações da GloboNews e Ag. Brasil. Edição: Política Real)