31 de julho de 2025
MOTIM

Oposição reage a defensa de Lula a congressistas do motim e diz que “ é mais uma prova cabal de seu perfil autoritário, truculento e incompatível com a democracia.”

“O que Lula chama de “ato passível de cassação” é, na verdade, um instrumento de resistência democrática", disse Zucco

Por Política Real com assessoria
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Zucco divulgou nota sobre Lula Foto: imagem de streaming

(Brasília-DF, 08/08/2025) Depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Rio Branco, no Acre, quando cumpriu agenda de “entregas” disse que quem deveria sofrer “impeachment” não era o ministro do STF, Alexandre de Moraes, mas os deputados e senadores por terem feito “greve” contra o Parlamento, o deputado Zucco (PL-RS) divulgou nota de repúdio.

Ele disse que Lula confunde as coisas e o chama de autoritário.

“É mais uma prova cabal de seu perfil autoritário, truculento e incompatível com a democracia.”, disse, inicialmente.

Ele disse que Lula era contraditório.

“O que Lula chama de “ato passível de cassação” é, na verdade, um instrumento de resistência democrática, usado inúmeras vezes pela própria esquerda. O PT, o PSOL e outros partidos aliados já ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado em diversas ocasiões — no impeachment de Dilma Rousseff, para protestar contra a prisão de Lula, contra a Reforma da Previdência e contra a Reforma Trabalhista.”, disse.

Veja a integra da nota:

 

NOTA OFICIAL – OPOSIÇÃO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendendo a cassação do mandato de parlamentares da Oposição que ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, é mais uma prova cabal de seu perfil autoritário, truculento e incompatível com a democracia.

Lula, que já não esconde seu projeto de poder hegemônico, pretende criminalizar um ato político legítimo, realizado em um momento gravíssimo da vida nacional, em reação direta à denúncia da Lava Toga. Esta revelou provas contundentes de que o ministro Alexandre de Moraes, integrante do STF, montou um gabinete paralelo para perseguir opositores políticos, atropelando a Constituição, fabricando acusações e rasgando direitos fundamentais.

O que Lula chama de “ato passível de cassação” é, na verdade, um instrumento de resistência democrática, usado inúmeras vezes pela própria esquerda. O PT, o PSOL e outros partidos aliados já ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado em diversas ocasiões — no impeachment de Dilma Rousseff, para protestar contra a prisão de Lula, contra a Reforma da Previdência e contra a Reforma Trabalhista. Em todos esses episódios, a ocupação foi tratada pela imprensa e pelos próprios petistas como um ato político legítimo, sem qualquer ameaça de cassação de mandato.

É preciso lembrar que o próprio PT, no passado, foi contra a indicação de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal, alegando que ele não tinha condições de ocupar o cargo. Hoje, no entanto, Lula e o PT se tornaram aliados de Moraes, unidos em um projeto de destruição da oposição, censura à imprensa livre e perseguição a todos que se atrevam a desafiar o regime que tentam impor ao Brasil.

Chega a ser irônico — e profundamente revelador — que Lula, que se beneficiou dessa tolerância institucional quando esteve na oposição, agora proponha punir parlamentares que cumprem o papel de defender o povo contra abusos de poder e contra o avanço de um projeto autoritário que se alinha ao que há de pior na esquerda nacional e internacional: regimes que silenciam vozes dissidentes, perseguem adversários e manipulam instituições para perpetuar-se no poder.

A Oposição na Câmara reafirma que não se intimidará com ameaças, intimidações ou tentativas de cassação. Continuaremos firmes, defendendo a Constituição, o Estado Democrático de Direito e o direito sagrado do povo brasileiro de ter representantes que não se curvem diante de abusos. Lula pode querer uma ditadura sem oposição — mas encontrará aqui um bloco coeso, combativo e inabalável na defesa da liberdade.

Brasília, 8 de agosto de 2025

Oposição na Câmara dos Deputados

 

( da redação com informações de assessoria. Edição: Politica Real)