DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil sem grandes índices mas o IGP-DI do FGV-IBRE merece atenção
Nesta quinta-feira, destaque para a decisão de juros no Reino Unido
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(Brasília-DF, 07/08/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil haverá grandes índices, a não ser o IGP-DI, do FGV-IBRE.
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Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,7%; Nasdaq 100: +0,8%) após o presidente Donald Trump anunciar uma nova rodada de tarifas sobre semicondutores, com isenções para empresas que produzem no país. As ações da Nvidia (+1,2%) e AMD (+2,5%) sobem no pré-mercado, enquanto a Apple avança 3% após divulgar novo plano de investimento de US$ 100 bilhões em fornecedores americanos. O movimento dá sequência à recuperação iniciada ontem, quando os índices encerraram o pregão em alta (S&P 500: +0,7%; Nasdaq: +1,2%).
Na Europa, os mercados operam em alta (Stoxx 600: +0,8%), com o setor de turismo e lazer liderando os ganhos (+1,6%). A Zurich Insurance avança 1,5% após lucro operacional 6% maior no semestre e críticas do CEO às políticas tarifárias americanas.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +0,7%; CSI 300: estável), com investidores reagindo às novas tarifas sobre chips anunciadas por Trump. A isenção para empresas com produção local animou papéis do setor de tecnologia, e o tom positivo predominou na região.
Nesta quinta-feira, destaque para a decisão de juros no Reino Unido. A temporada de resultados do 2T25 continuará no centro das atenções da agenda doméstica, com a divulgação de balanços relevantes como Assai, B3, Caixa Seguridade, Energisa, Fleury, Lojas Renner, Magazine Luiza, Méliuz, Petrobras, PetroReconcavo, Petz, Randoncorp, Rumo, Smart Fit e Vivara.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento ao longo da curva. Nos EUA, a curva ganhou inclinação, com os vértices curtos recuando devido ao aumento da expectativa de flexibilização monetária pelo Fed após a divulgação de dados fracos do payroll, que mostrou a criação de 73 mil vagas em julho, ante as 100 mil esperadas pelo mercado. Enquanto isso, os vértices longos foram pressionados por uma demanda fraca no leilão de T-notes de 10 anos. Os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,71% (-1,88bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,23% (+1,38bps). Sem novidades relevantes no noticiário doméstico, a curva local apresentou apenas ajustes modestos de queda nas taxas. Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,6 bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,16% (- 0,1 bp); DI jan/29 em 13,39% (- 1,4 bps); DI jan/31 em 13,61% (- 3 bps).
IBOVESPA +1,0% | 134.538 Pontos. CÂMBIO -0,8% | 5,46/USD
Ibovespa
O Ibovespa fechou a quarta-feira em alta de 1,0%, aos 134.538 pontos, com os investidores concentrados no cenário micro. Em um dia de agenda macroeconômica esvaziada, o desempenho das ações foi guiado principalmente pelas divulgações dos balanços das empresas referentes ao 2T25, com destaque para empresas que apresentaram números acima do esperado, como Itaú (ITUB4, +1,3%) que se destaca devido ao seu grande peso no índice (veja aqui mais detalhes).
A ação da RD Saúde (RADL3, +18,7%) teve forte alta, repercutindo a divulgação dos resultados do 2T25 da companhia, que vieram melhores do que o esperado (veja aqui mais detalhes). Enquanto isso, Pão de Açucar (PCAR3, -10,4%) registrou queda, também após os resultados do 2T25, que apresentaram uma demanda fraca, o que pressionou a margem bruta (veja aqui o comentário dos nossos analistas).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira em queda de 0,13%, registrando a quarta baixa consecutiva e acumulando uma desvalorização de 0,94% em agosto. Tanto os FIIs de papel quanto os fundos de tijolo apresentaram desempenho negativo na sessão, com recuos médios de 0,11%. As maiores altas do dia foram TGAR11 (2,8%), VCJR11 (2,6%) e RZAT11 (1,9%), enquanto as principais quedas ficaram por conta de LIFE11 (-4,0%), PVBI11 (-2,2%) e CACR11 (-2,0%).
Economia
Nos Estados Unidos, três membros do Federal Reserve manifestaram preocupação com o mercado de trabalho, sinalizando possível corte na taxa de juros em setembro, diante de dados recentes que mostram desaquecimento da atividade, ganhos de empregos abaixo do esperado e leve alta no desemprego. Na agenda de hoje, o Banco da Inglaterra deve cortar a taxa em 0,25 p.p., para 4%, o menor nível desde março de 2023, buscando equilibrar a inflação persistente com preocupações sobre o crescimento econômico e o mercado de trabalho. Não há indicadores relevantes na agenda americana.
No Brasil, o time de economia da XP divulgou o relatório mensal de agosto. Reduzimos a projeção do PIB para 2025 de 2,5% para 2,2%, devido à desaceleração dos setores sensíveis ao ciclo e aperto do crédito. Para 2026, mantivemos 1,7%, refletindo a ainda sólida expansão de renda. A taxa de câmbio segue prevista em 5,50 reais por dólar em 2025 e 5,70 em 2026.
A inflação de curto prazo se beneficia da queda nos preços ao atacado e moderação nos serviços, com IPCA projetado em 5,0% para este ano e 4,5% para 2026. A melhora na inflação indica eficácia da política monetária restritiva.
O cenário de juros mais baixos nos EUA pode favorecer o Copom, que deve iniciar cortes em janeiro, com a Selic terminal revisada para 12,00%, ante 12,50% anteriormente. Para detalhes, recomendamos a leitura do relatório completo.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)