DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em sinais mistos e no Brasil haverá a divulgação da balança comercial
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(Brasília-DF, 06/08/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais em sinais mistos e no Brasil terá a divulgação da balança comercial de julho.
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Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam mistos (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: estável) com investidores avaliando os últimos resultados. No pós-mercado, Snap recuou -15% e AMD caiu -5% após resultados abaixo do esperado, enquanto Arista disparou 14%. Ontem, o S&P 500 acumulou a quinta queda em seis pregões, pressionado por tecnologia (Nasdaq: -0,7%). Em contrapartida, o Russell 2000 subiu 0,6%. A agenda de hoje traz resultados de Disney, Uber e McDonald’s antes da abertura, seguidos por Airbnb, DoorDash e Lyft após o fechamento. Discursos de dirigentes do Fed também estarão no radar.
Na Europa, as bolsas operam com estabilidade (Stoxx 600: +0,1%) com destaque para os setores industrial e de construção. Já o setor farmacêutico recua (-0,8%) após Trump sugerir tarifas de até 250% para o segmento nos próximos 18 meses. Entre as maiores quedas estão Oncopeptides (-7%) e Galapagos (-5,3%).
Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: +0,2%; HSI: estável), acompanhando o alívio regional. O movimento ocorre mesmo após Trump anunciar que pretende impor tarifas específicas sobre chips e semicondutores “já na próxima semana”, alegando necessidade de produção doméstica.
Dados da atividade do índice de gerentes de compras (PMI) do setor de serviços do Institute for Supply Management (ISM) mostraram uma desaceleração em julho, marcando 50,1, um pouco acima da linha de 50 pontos que separa contração de expansão. Já o déficit comercial norte-americano diminuiu mais que o previsto, refletindo principalmente uma queda nas importações em decorrência das altas nas tarifas. Na Zona do Euro, as vendas no varejo cresceram 3,1%, acima das projeções dos economistas e mostrando recuperação do consumo interno.
IBOVESPA +0,14% | 133.151 Pontos. CÂMBIO -0,04% | 5,50/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a terça-feira em leve alta de 0,1%, aos 133.151 pontos. Os investidores permaneceram atentos ao cenário político, após o decreto de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, a ata do Copom, divulgada na quarta-feira (5), continuou apresentando um tom cauteloso, reforçando o cenário de uma política monetária em território contracionista por um “período muito prolongado”.
A Brava (BRAV3, +5,7%) teve alta, após a companhia divulgar seus dados de produção de julho, apresentando um nível recorde, considerado positivo pelos nossos analistas (veja aqui o comentário completo). Já a Klabin teve queda, após a divulgação dos resultados do 2T25 da companhia (veja aqui mais detalhes).
Nesta quarta-feira, destaque para os dados de julho da balança comercial na China. Enquanto isso, a temporada de resultados do 2T25 assume o centro das atenções no Brasil, com a divulgação de balanços de empresas relevantes como Brava, C&A, Cogna, Copel, Eletrobras, Frasle Mobility, Casas Bahia, Hypera, Inter, Minerva, Suzano, TOTVS e Vulcabras. Já pela temporada internacional de resultados, teremos McDonalds, Novo Nordkisk e Uber.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com abertura ao longo da curva. No Brasil, o humor do mercado se deteriorou diante do aumento do ruído político, impactando especialmente os vértices mais longos da curva de juros. A parte curta, por outro lado, manteve-se estável, refletindo o tom de cautela presente na ata do Copom. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump voltou a pressionar o Federal Reserve pelo início do ciclo de cortes de juros. Além disso, o governo norte-americano ameaçou impor novas tarifas à União Europeia, caso os acordos comerciais não sejam cumpridos. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,73% (+5,3bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,21% (+2,1bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,91% (- 0,4bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,17% (+0,9bp); DI jan/29 em 13,42% (+6,4bps); DI jan/31 em 13,65% (+8bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira em queda de 0,31%, acumulando desvalorização de 0,80% neste início de agosto. Tanto os FIIs de papel quanto os fundos de tijolo apresentaram desempenho negativo na sessão, com recuos médios de 0,36% e 0,33%, respectivamente. As maiores altas do dia foram KNIP11 (+1,5%), IRDM11 (+1,3%) e SNEL11 (+1,1%), enquanto as principais quedas ficaram por conta de TGAR11 (-3,3%), VCJR11 (-3,1%) e URPR11 (-3,1%).
Economia
No Brasil, a ata do Copom reafirmou a necessidade de cautela, indicando um ambiente global mais incerto e um cenário doméstico com moderação no crescimento, mas inflação ainda acima da meta. A nosso ver, a ata reforça o cenário de juros mais altos por um período prolongando – provavelmente até o início de 2026.
Poucos indicadores econômicos na agenda do dia, com destaque para a divulgação dos dados de balança comercial referente ao mês de julho no Brasil. Lá fora, o mercado monitora os discursos de três dirigentes do banco central norte-americano (Fed): Lisa Cook, Susan Collins e Mary Daly.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)