31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil, mercado atento aos detalhes da íntegra da Ata do Copom

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Por Política Real com assessoria
Publicado em
Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 05/08/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil reflete sobre os detalhes da íntegra da Ata do Copom.

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Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,3%) após forte alívio no dia anterior. Palantir sobe 5% no pré-mercado após superar US$ 1 bilhão em receita anual, enquanto Hims & Hers despenca mais de 13% após decepcionar no resultado. Na véspera, o S&P 500 avançou +1,5% e interrompeu sequência de quatro quedas, em movimento liderado por tecnologia (Nasdaq: +2%) e small caps (Russell 2000: +2,1%). O otimismo reflete a recuperação técnica após o sell-off de sexta e expectativa de alívio nos dados da balança comercial e do índice de atividade industrial. Ainda hoje, saem os resultados de Pfizer, Eaton e Fox antes da abertura, seguidos por AMD, Snap e Rivian após o fechamento.

Na Europa, os mercados avançam (Stoxx 600: +0,4%) em sessão positiva, com investidores mais focados na temporada de resultados do que nas tensões tarifárias. As ações da BP sobem +2% após lucro acima do esperado. A Hugo Boss também apresentou números sólidos, enquanto a Eutelsat surpreendeu com crescimento de receita puxado por demanda governamental por internet via satélite.

Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,8%; HSI: +0,7%), acompanhando o tom positivo global. Em contraste, os índices indianos caíram (Nifty 50: -0,3%) após nova ameaça tarifária de Trump contra o país por conta das importações de petróleo russo. O rupee se desvalorizou -0,2%, refletindo o aumento da incerteza no comércio bilateral com os EUA.

Na agenda internacional, temos a divulgação da balança comercial dos Estados Unidos e o ISM do setor de serviços, um índice que controla o nível de atividade do setor.

 

IBOVESPA + 0,40% | 132.971 Pontos. CÂMBIO – 0,72% | 5,50/USD

 

O que pode impactar o mercado hoje

 

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a segunda-feira em alta de 0,4%, aos 132.971 pontos, acompanhando a recuperação dos mercados globais após a queda registrada na sexta-feira, que refletiu a reação a dados mais fracos do Payroll nos EUA, que intensificaram as preocupações dos investidores quanto ao ritmo da atividade econômica americana. Ao mesmo tempo, houve uma forte reprecificação das expectativas em relação à política monetária por lá: a probabilidade de um corte na próxima reunião do Federal Reserve, em setembro, subiu de cerca de 60% para aproximadamente 90%, segundo dados do CME Group, o que tende a favorecer os ativos de mercados emergentes como o Brasil. Durante o pregão, o dólar recuou 0,8%, fechando a R$ 5,50, enquanto a curva de juros fechou.

RD Saúde (RADL3, +8,5%) subiu, impulsionada por expectativas favoráveis para o resultado do 2T25 (veja a prévia dos nossos analistas aqui), que será divulgado nesta terça-feira (5). Já BRF (BRFS3, -3,4%) liderou as perdas, após o Cade reclassificar como rito ordinário a análise da fusão com a Marfrig (MRFG3, -0,4%), diante da identificação de potenciais riscos à concorrência no mercado de carne bovina in natura.

Nesta terça-feira, as atenções se voltam para a divulgação da ata do Copom no Brasil. No lado micro, teremos a publicação de balanços relevantes do 2T25, incluindo Aura Minerals, Cury, Embraer, Iguatemi, Itaú, Klabin, Pão de Açúcar, PRIO e Raia Drogasil. No cenário internacional, destaque também para a temporada de resultados, com balanços de AMD, Caterpillar e Duke Energy.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, além de acompanhar o movimento das Treasuries, os juros foram influenciados pela criação líquida de 166 mil vagas de emprego, abaixo das 171 mil esperadas pelo mercado. O dado sinaliza um arrefecimento do mercado de trabalho, o que levou os investidores a anteciparem apostas em cortes de juros. Nos Estados Unidos, as expectativas de redução de juros na reunião de setembro aumentaram, com 94% de probabilidade segundo o CME Group. Esse movimento foi impulsionado pela saída de Adriana Kugler do Federal Reserve, considerada uma voz conservadora na condução da política monetária da instituição. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,68% (-1,3 bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,19% (-2,8 bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,91% (+0,1 bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,15% (- 4,4 bps); DI jan/29 em 13,34% (- 9,3 bps); DI jan/31 em 13,56% (- 9,9 bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou a semana em queda de 0,31%, acumulando uma desvalorização de 0,50% neste início de mês. Tanto os FIIs de papel quanto os fundos de tijolo registraram desempenho negativo na sessão, com recuos médios de 0,42% e 0,19%, respectivamente. As maiores altas do dia foram TGAR11 (4,2%), FATN11 (2,9%) e BROF11 (1,7%), enquanto as principais quedas ficaram por conta de URPR11 (-3,3%), TRBL11 (-2,4%) e XPLG11 (-2,3%).

Economia

Em um novo momento de tensão diplomática, o presidente Donald Trump anunciou que pretende aumentar “substancialmente” as tarifas sobre produtos importados da Índia, acusando o país de lucrar com a revenda de petróleo russo em meio à guerra na Ucrânia. Na Zona do Euro, o Índice de preços ao produtor subiu 0,8% após 3 meses de queda, com destaque para os custos de energia. Na comparação anual, os preços aceleraram 0,6%, em linha com as expectativas.

No Brasil, foram criados 166,6 mil postos de trabalho em junho de acordo com o relatório Caged. Com exceção de serviços, os demais setores perderam fôlego. Em resumo, o mercado de trabalho segue aquecido, mas mostra sinais de desaceleração, com diminuição da geração de emprego. Acreditamos que essa tendência continuará, e estimamos criação liquida de 1,49 milhão de empregos neste ano

No Brasil, o destaque fica para a Ata do Copom, documento do Banco Central que detalha as discussões feitas para a decisão do nível da Selic.

 

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)