DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil será divulgado o Novo Caged de junho
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( reeditado)
(Brasília-DF, 04/08/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Mooning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil hoje será dia de divulgação do Novo Caged de junho.
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Nesta segunda-feira, os futuros de ações nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,7%; Nasdaq 100: +0,8%), após perdas expressivas na sexta-feira. O movimento reflete uma tentativa de recuperação, com investidores avaliando dados econômicos mais fracos e o novo pacote tarifário assinado por Trump, com alíquotas de até 41% para dezenas de parceiros comerciais. O Payroll abaixo do esperado e o PCE mais pressionado reforçaram temores de estagflação, reduzindo o otimismo recente. O mercado mantém expectativa de corte de juros em setembro, após o Fed ter mantido a taxa pela quinta vez seguida.
Na Europa, os mercados sobem (Stoxx 600: +0,6%), após a pior sessão desde abril na sexta-feira. Destaque para os bancos britânicos, com o Lloyds subindo +6,5% após decisão judicial que alivia riscos de compensações ligadas a financiamentos de carros. Já na Suíça, o índice SMI cai 1,5% com a reabertura do mercado e reação negativa às tarifas americanas, que afetam cerca de 10% das exportações suíças.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +0,9%; CSI 300: +0,4%) em dia de alívio após a queda nos EUA na sexta. A leitura predominante foi de que os dados mais fracos nos EUA podem abrir espaço para estímulos adicionais, enquanto investidores seguem monitorando os efeitos do novo pacote tarifário. No Japão, o Nikkei recuou 1,3%, pressionado por queda do iene e temores sobre o impacto das tarifas no setor industrial.
Economia
Na sexta-feira, os dados de mercado de trabalho dos Estados Unidos acenderam sinais de alerta. A economia criou 73 mil vagas em julho, abaixo da expectativa de 104 mil, enquanto as leituras de junho e maio foram revisadas para baixo em 258 mil vagas. Após a divulgação, a probabilidade de corte de juros na reunião de setembro aumentou para 85%. No mesmo dia, o presidente Donald Trump anunciou a demissão do chefe do “Bureau of Labor Statistics” – órgão de estatísticas responsável pelos dados de emprego –, sob a alegação de que os números estavam “manipulados”, o que aumentou a incerteza quanto à confiabilidade dos indicadores.
Na agenda internacional, serão divulgados os PMIs de julho nas principais economias do mundo – PMIs são sondagens com empresas que visam medir o clima da atividade econômica. Além disso, o Banco da Inglaterra deverá entregar mais um corte na taxa básica de juros. Por fim, indicadores de setor externo (ainda sem data de publicação) e de inflação na China podem movimentar preços das commodities.
IBOVESPA -0,5% | 132.437 Pontos. CÂMBIO -1,0% | 5,54/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana em queda de 0,8% em reais e 0,6% em dólares, aos 132.437 pontos. Em julho, o índice registrou seu pior desempenho mensal de 2025 até agora, com recuos de 4,2% em reais e 6,8% em dólares.
Embraer (EMBR3, +19,4%) se recuperou na semana, após o anúncio das isenções tarifárias para aeronaves civis — a companhia era uma das mais impactadas pelas tarifas dos EUA, segundo as estimativas de nossos analistas.
Na ponta negativa, Banco do Brasil (BBAS3, -9,3%) recuou após a divulgação de dados do Banco Central que podem sinalizar lucros significativamente abaixo do esperado para o 2T25 e um corte de preço-alvo feito por um banco de investimentos.
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com fechamento ao longo da curva , com movimento acentuado nos vértices longos, com o mercado a concretização das tarifas americanas aos produtos brasileiros. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de -100,00 bps pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -110,00 bps nesta semana. As taxas de juro real se mantiveram estáveis, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,88% a.a.. O DI jan/26 encerrou em 14,91% (- 2bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 14,21% (- 2 bps); DI jan/29 em 13,46% (- 9,5 bps); DI jan/31 em 13,69% (- 13 bps); DI jan/35 em 13,81% (- 12 bps).
Mercados globais
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a sexta-feira com queda de 0,18%. Tanto os FIIs de papel quanto os fundos de tijolo registraram desempenho negativo na sessão, com desvalorização média de 0,15%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se CVBI11 (+2,8%), HSML11 (+2,6%) e XPCI11 (+2,3%). Já as principais quedas foram de URPR11 (-5,3%), SARE11 (-3,8%) e KORE11 (-3,1%).
No Brasil, a dois dias da entrada em vigor da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre importações brasileiras, o governo Lula avalia como remotas as chances de reversão e corre para concluir um pacote de mitigação, que deve ser anunciado até quarta-feira.
No Brasil, o principal destaque será a Ata do Copom. Do lado do mercado de trabalho, o Caged será divulgado hoje e deverá mostrar solidez na geração líquida de empregos formais em junho. Por fim, teremos a balança comercial de julho – tais dados têm sido acompanhados de perto, após as majorações de tarifas pelo governo dos Estados Unidos.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)