MERCADO

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em leve alta e no Brasil é dia de reunião do Copom

Por Politica Real com assessoria
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Mercados em leve alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 30/07/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moonrning Call” da XP investimentos apontando que os mercados globais estão em leve alta e no Brasil, é dia de resultado da reunião do Copom.

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Mercados globais

Nesta quarta-feira, os futuros de ações nos EUA operam em leve alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,2%) enquanto investidores avaliam resultados corporativos e aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve. O mercado monitora o desfecho da reunião do Fed nesta tarde, e o foco estará nas falas de Jerome Powell, em meio à pressão pública de Trump por cortes futuros. No campo fiscal, incertezas sobre a extensão da trégua tarifária com a China pesaram ontem, após o encerramento das negociações em Estocolmo sem anúncio formal. A decisão sobre o adiamento depende agora de aval direto do presidente.

Na Europa, os mercados sobem (Stoxx 600: +0,2%) enquanto investidores reagem aos balanços. Empresas como Santander, UBS, HSBC, Mercedes-Benz, L’Oréal e Kering divulgaram seus números nesta manhã.

Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: estável; HSI: -1,4%). A falta de avanço nas negociações EUA-China e a sinalização de que o prazo final para novas tarifas (sexta-feira) não será prorrogado mantiveram os investidores cautelosos na região.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) provavelmente manterá sua taxa básica de juros no intervalo entre 4,25% e 4,50%. O banco central deve reforçar que a inflação ao consumidor segue relativamente elevada e que as condições do mercado de trabalho estão sólidas. A autoridade monetária tem destacado que está bem-posicionada para aguardar por mais clareza sobre as perspectivas de inflação e atividade econômica, especialmente com as incertezas sobre o impacto da elevação de tarifas. Acreditamos que o Fed retomará os cortes de juros em sua reunião de setembro.

Conforme já divulgado nesta manhã, o PIB da Zona do Euro subiu 0,1% no 2º trimestre em relação ao 1º trimestre de 2025, ligeiramente acima da projeção de estabilidade no período. Nos Estados Unidos, a agenda econômica traz o PIB (estimativa: 2,6%; anterior: -0,5%) e o deflator das despesas de consumo pessoal (estimativa: 2,3%; anterior: 3,5%) referentes ao 2º trimestre, além da criação de empregos no setor privado em julho (estimativa: 76 mil; anterior: -33 mil). No Brasil, destaque para a publicação do IGP-M de julho, que deve registrar outra deflação mensal (estimativa: -0,86%; anterior: -1,67%).

IBOVESPA +0,45% | 132.726 Pontos.  CÂMBIO -0,39% | 5,57/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a terça-feira em alta de 0,5%, aos 132.726 pontos. As tarifas comerciais dos EUA contra o Brasil, com implementação prevista para 1º de agosto, permaneceram no foco dos investidores após o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmar que produtos não cultivados em território norte-americano, como o café, poderão ser isentos da nova alíquota de importação, o que potencialmente beneficiaria o Brasil. Ainda assim, os sinais de avanço nas negociações entre os dois países seguem limitados.

Na ponta positiva, Embraer (EMBR3, +3,8%) se destacou após comunicar que está “ativamente engajada” com autoridades dos EUA na tentativa de restaurar a tarifa zero para exportações de aeronaves. Segundo estimativas dos nossos analistas, a companhia é a mais impactada pelas novas tarifas dentro do índice (veja aqui mais detalhes). Do lado negativo, Pão de Açúcar (PCAR3, -2,0%) recuou em movimento técnico.

Nesta quarta-feira, o destaque da agenda econômica será a decisão de juros no Brasil, Estados Unidos e Japão. Domesticamente, também será divulgado o relatório Caged de junho. Pela temporada de resultados do 2T25, os destaques incluem Bradesco, D1000, Ecorodovias, ISA Energia, Santander e TIM. No cenário internacional, destaque para os balanços de HSBC, Meta e Microsoft.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento por toda curva, com forte intensidade nos vértices mais longos. Nos EUA, o relatório de emprego Jolts apresentou uma diminuição do número de vagas em aberto de 7,7 milhões em maio para 7,4 milhões em junho, indicando arrefecimento da demanda por trabalhadores, o que levou ao fechamento das Treasuries. No Brasil, além de seguir o movimento da curva norte-americana, a percepção de que o governo brasileiro pode ganhar mais espaço para negociar as tarifas com o governo Trump também levou à redução do prêmio de risco. Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,87% (-3,9bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,32% (-9,2bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,91% (- 1,7bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,16% (-6bps); DI jan/29 em 13,38% (-15,1bps); DI jan/31 em 13,6% (-18,5bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira com queda de 0,31%, acumulando desvalorização de 0,72% neste início de semana. Tanto os fundos de papel quanto os de tijolo registraram desempenho negativo na sessão, com recuos médios de 0,30% e 0,28%, respectivamente. As maiores altas do dia foram SARE11 (2,6%), MFII11 (1,4%) e RCRB11 (1,2%), enquanto as principais quedas ficaram com CCME11 (-2,6%), LVBI11 (-2,3%) e SNFF11 (-2,0%).

Economia

No Brasil, o Copom deve manter a taxa Selic em 15,00% e reforçar a mensagem de pausa por período “bastante prolongado”. Embora a política monetária contracionista venha surtindo efeito, as expectativas de inflação continuam significativamente acima da meta no curto e médio prazo. Nosso cenário prevê cortes de juros a partir de janeiro, até 12,50% ao final de 2026. 

As incertezas tarifárias continuam em destaque. Em entrevista concedida ontem, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o plano de contingência para lidar com as tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras para os EUA, que tendem a entrar em vigência nesta sexta-feira, considera subsídios de crédito a empresas. O ministro afirmou que as medidas não devem incluir isenções fiscais. Segundo a agência de notícias Reuters, o governo brasileiro pediu aos EUA a isenção de tarifas para alimentos e aeronaves.     

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)