ECONOMIA

PRËVIA DA INFLAÇÃO: IPCA-15 fica em 0,33%, como estimava o mercado; no acumulado em doze meses inflação está acima do período do mês de 2024

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de julho, ficando entre o 0,00% de Educação e o 0,98% de Habitação.

Por Politica Real com assessoria
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Veja o IPCA 15 em algumas capitais Foto: site do IBGE

(Brasília-DF, 25/07/2025). Na manhã desta sexta-feira, 25, como era esperado, o IBGE divulgou a prévia da inflação deste mês de julho. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) foi de 0,33% em julho e ficou 0,07 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de junho (0,26%).  O mercado estimava que o IPCA-15 iria ficar em 0,33% e foi o que se viu.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,40% e, nos últimos 12 meses, de 5,30%, acima dos 5,27% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2024, a taxa foi de 0,30%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de julho, ficando entre o 0,00% de Educação e o 0,98% de Habitação. Já os grupos Alimentação e bebidas (-0,06%), Artigos de residência (-0,02%) e Vestuário (-0,10%) apresentaram variação negativa na passagem de junho para julho.

No grupo Habitação (0,98%), em julho, novamente destaca-se a energia elétrica residencial (3,01% e 0,12 p.p.), principal impacto individual no índice, permanecendo a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$4,46 a cada 100kwh consumidos. Além disso, houve os seguintes reajustes tarifários: 7,36% em Belo Horizonte (3,89%), a partir de 28 de maio; 14,19% em uma das concessionárias em Porto Alegre (5,07%), vigente desde 19 de junho; 1,97% em Curitiba (3,33%), em vigor desde 24 de junho; 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo (6,10%), vigente desde 04 de julho; e redução de 2,16% em uma das concessionárias do Rio de Janeiro (0,44%) a partir de 17 de junho.

Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto (0,25%) incorporou os seguintes reajustes: 9,88% em Brasília (5,22%), a partir de 1º de junho, e 3,83% em Curitiba (0,12%), vigente desde 17 de maio.

O grupo Transportes acelerou de junho (0,06%) para julho (0,67%), colocando-se como a segunda maior variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados. A alta no grupo foi impulsionada pelas passagens aéreas (19,86% e 0,11 p.p.) e o transporte por aplicativo (14,55% e 0,03 p.p.).

Os combustíveis, também no grupo Transportes, recuaram 0,57% em julho, com quedas nos preços do gás veicular (-1,21%), do óleo diesel (-1,09%), do etanol (-0,83%) e da gasolina (-0,50%).

No mês foi apropriada a gratuidade concedida aos domingos e feriados no metrô (-0,14%) em Brasília (-2,11%), e no ônibus urbano (-0,44%), em Brasília (-2,11%) e Belém (-5,79%), além da redução de tarifa aos domingos e feriados em Curitiba (-2,68%). Adicionalmente, o táxi (0,67%) incorporou o reajuste médio de 8,71% nas tarifas em Belo Horizonte (6,50%), a partir de 7 de junho.

No grupo Despesas pessoais (0,25%), destaca-se o reajuste nos jogos de azar (3,34%), vigente desde 09 de julho.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,21%), a variação do subitem plano de saúde (0,35%) reflete a incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para os planos contratados após a Lei nº 9.656/98, o percentual é de até 6,06%, com vigência a partir de maio de 2025 e cujo ciclo se encerra em abril de 2026. Para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, os percentuais autorizados foram de 6,47% e 7,16%, a depender do plano.

O grupo Alimentação e bebidas (-0,06%) registrou queda na média de preços pelo segundo mês consecutivo, com a alimentação no domicílio recuando 0,40% em julho, ante a variação de -0,24% de junho. Contribuíram para esse resultado as quedas da batata-inglesa (-10,48%), da cebola (-9,08%) e do arroz (-2,69%). No lado das altas, destacou-se o tomate (6,39%) após a queda de 7,24% no mês anterior.

A alimentação fora do domicílio acelerou de 0,55% em junho para 0,84% em julho, em virtude da aceleração do lanche (de 0,32% em junho para 1,46% em julho) e da refeição, que passou de 0,60% em junho para 0,65% em julho.

Quanto aos índices regionais, a maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,61%), por conta das altas da gasolina (4,49%) e da energia elétrica residencial (3,89%). Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (-0,05%), que apresentou queda nos preços do etanol (-4,23%) e da gasolina (-1,63%)

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)