Lula, em Minas Gerais, diz que Jair Bolsonaro se “borrou” todo e que Eduardo Bolsonaro trama contra o Brasil, uma “vergonha. Mau caráter”
Lula diz que o presidente Donald Trump não quer negociar com Brasil e que é bom de “trunco”
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(Brasília-DF, 24/07/2025) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu agenda no Vale do Jequitinhonha, norte de Minas Gerais. No palanque da solenidade, ele partiu pra cima do ex-presidente Jair Bolsonaro e chamou o ex-presidente de "fujão", afirmou que ele "se borrou todo" após perder a eleição e ainda acusou Eduardo Bolsonaro de trabalhar a favor de sanções de Trump contra o Brasil. “Uma vergonha. Mau caráter”.
O petista disse que Bolsonaro "fugiu como rato foge" e lembrou que o ex-presidente tentou articular um golpe. Lula também comparou o caso com sua prisão na Lava Jato e disse ter recusado tornozeleira: "não sou pombo-correio".
Sobre o tarifaço de Donald Trump disse que se o presidente Donald Trump quiser negociar o Brasil vai negociar, mas se ele desejasse já tinha ligado.
“Eu sou bom de truco. Se ele estiver trucando, ele vai tomar um seis.”
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta quinta-feira (24), de uma cerimônia no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, onde anunciou um mega pacote de R$ 1,17 bilhão para a educação indígena, quilombola, do campo, das águas e das florestas.
O recurso faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) e será usado na construção de 249 escolas e 22 obras em territórios Yanomami e Ye'kwana.
A agenda faz parte do 1º Encontro Regional de Educação Escolar Quilombola do Sudeste, iniciativa que busca fortalecer políticas públicas voltadas às comunidades quilombolas, com foco em uma pedagogia própria e inclusiva.
"Reconhecer os saberes do povo da região e reconhecer o valor dos indígenas, quilombolas, homens e mulheres que trabalham de sol a sol para construir a própria vida, essa cidade e a região", explicou Lula sobre os objetivos das medidas anunciadas.
Lula com ministros e autoridades posa com atos assinados
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Ele falou mais:
“Hoje eu venho aqui fazer uma coisa que eu acho mais sagrada. Reconhecer os saberes do povo dessa região. Reconhecer o valor dos indígenas. Reconhecer o valor dos quilombolas. Reconhecer os valores das mulheres. Reconhecer os valores daquelas pessoas que trabalham de sol a sol para construir a sua própria vida, a cidade e a região”, afirmou Lula.
O presidente também reforçou a importância das políticas públicas de inclusão educacional para transformar realidades historicamente marcadas pela exclusão. “Que uma quilombola possa ser doutora, possa fazer mestrado, possa fazer pós-graduação e possa ser o que quiser. A história nos ensina isso. E eu sou o melhor exemplo desse país. Não tem exemplo melhor do que o meu”, declarou.
A cerimônia integrou o I Encontro Regional de Educação Escolar Quilombola do Sudeste e simbolizou a articulação interministerial para um diálogo direto com as comunidades locais. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, celebrou o momento como histórico: "Hoje está sendo feita a maior entrega de todos os tempos para a educação escolar indígena. Todas as entregas que aqui estão sendo anunciadas não são apenas simbólicas, são políticas estruturantes", disse ao frisar que o Governo Federal cria ferramentas para superar a exclusão de grupos historicamente marginalizados.
O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a força dos territórios tradicionais e a potência da educação como ferramenta de transformação social. "A educação é o caminho mais potente para transformar o Brasil. E é no Vale do Jequitinhonha, esse território fértil de cultura, história e esperança, que semeamos hoje um futuro de justiça social, equidade e dignidade para todas as nossas crianças e jovens."
Foram assinadas portarias que instituem a Política Nacional de Educação Escolar Indígena e a Política Nacional de Educação do Campo, das Águas e das Florestas (Novo Pronacampo). Também foram anunciadas iniciativas como o Programa Escola Nacional Nego Bispo e a criação da moradia estudantil do Campus Quilombo Minas Novas, do IFNMG. A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, ressaltou a importância das ações. "Não é qualquer educação, é uma educação encarnada na vida: é a educação escolar quilombola, indígena, do campo, das águas e das florestas".
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reforçou a importância da lealdade às pautas sociais e afirmou estar comprometida com os projetos políticos construídos durante a gestão do presidente Lula. "Essa minha lealdade reconhece muito a luta dos povos quilombolas, dos povos indígenas e dos mais pobres deste país. Foi com esse espírito que reformulamos a lei de cotas, incluindo os quilombolas e indígenas", relembrou.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)_