31 de julho de 2025
Brasil e Poder

AUMENTO DE GASTOS: Senadores aprovam possível aumento dos militares que poderá impactar até R$ 8 bilhões; senador do PL disse que o aumento "é pouco"

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( Publicada originalmente às 16h 56 do dia 08/07/2025) 

(Brasília-DF, 09/07/2025) O Congresso está em pé de guerra com o Governo Federal defendendo corte de gastos, mas quando se trata de defender interesses de corporações o discurso não é o mesmo.

Nesta terça-feira, 08, a comissão mista da medida provisória que reajusta a tabela de soldo das Forças Armadas (MP 1.293/2025) aprovou o relatório favorável à proposta.

O reajuste vai acontecer em duas fases, uma em abril de 2025 e outra em janeiro de 2026, com aumentos de 4,5% em cada etapa. O relatório agora será votado nos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado. O prazo de validade da MP termina no dia 8 de agosto. Estima-se que esse aumento vai impactar em mais de  R$ 8 bilhões as contas públicas.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), general aposentado, presidente da comissão, disse que os militares e suas famílias vivem em "situação de penúria", em comparação a reajustes concedidos pelo governo a outras categorias.

“O vencimento que os militares recebem não é uma questão de simplesmente retribuir o trabalho. É importante destacar as servidões da carreira militar, que se caracterizam pelas constantes movimentações, pelo risco de vida, a família que não consegue se estabelecer num lugar, os filhos que trocam de colégio constantemente “, disse Mourão.

Ao longo da leitura de seu relatório, o deputado General Pazuello (PL-RJ), também general aposentado, disse que o aumento proposto não compensa as perdas salariais que os militares vêm tendo, mas ressaltou que a comissão não pode aumentar a despesa prevista em projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República. Ele destacou, também, que o aumento atinge todos os militares.

“O aumento é linear, pega todos os postos e graduações de todas as forças, do cabo ao general mais antigo. Não há privilégio para esse ou aquele posto e graduação “, disse Pazuello.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) também reclamou que o aumento "é pouco", e afirmou que os governos precisam olhar para as Forças Armadas "com carinho, para que não se surpreendam quando precisarem delas".

(da redação com informações da Agência Senado. Edição: Política Real)