Muito se fala que Xi Jinping não veio ao Rio por conta do Brasil não ter aderido a “Nova Rota da Seda”, mas primeiro ministro disse que China e Brasil vivem o seu melhor momento
150 países aderiram a Nova Rota da Seda
( Publicada originalmente às 08 h. 00 do dia 06/07/2025)
Com agências.
(Brasília-DF, 07/07/2025) Muito se estima no mundo diplomático, mas que no mundo político que a não vinda do presidente da China, Xi Jinping ao Brasil nesta 17ª Cúpula do BRICS no Rio se dê pelo fato do Brasil, mesmo com as sinalizações pró-China e não pró-Estados Unidos se deva ao fato do Brasil não ter se juntado a chamada Iniciativa do Cinturão e Rota, a chamada “Nova Rota da Seda”, que visa construir infraestrutura e fortalecer laços econômicos e comerciais entre a China e o resto do mundo, com foco em rotas terrestres e marítimas. Estima-se que 150 países tenham aderido. Também ainda não aderiram a Índia, rival da China, e a África do Sul.
Nesse sábado, 05, premiê chinês Li Qiang, que está representando Xin no Brasil, afirmou,que a China e o Brasil estão prontos para ampliar a cooperação em áreas como economia verde, ciência, tecnologia e comércio, reforçando o compromisso bilateral com o multilateralismo e o desenvolvimento sustentável.
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, afirmou que a China está disposta a aprofundar a cooperação com o Brasil em áreas estratégicas como a economia digital, economia verde, ciência, tecnologia e no setor aeroespacial. A declaração foi feita durante um encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Rio de Janeiro.
Li Qiang transmitiu saudações do presidente Xi Jinping e destacou que as relações entre a China e o Brasil vivem seu melhor momento. Ele ressaltou o compromisso mútuo de construir uma comunidade sino-brasileira com um futuro compartilhado, voltada para um mundo mais justo e sustentável.
O premiê chinês relembrou o consenso alcançado entre os dois países durante a visita de Lula da Silva à China em maio, especialmente no que diz respeito à defesa do multilateralismo e ao fortalecimento da parceria bilateral, e reforçou o desejo de transformar esse entendimento em resultados concretos para os dois povos.
Li Qiang também destacou a intenção de aprofundar a cooperação nas áreas do comércio, finanças e infraestrutura, dentro da Iniciativa do Cinturão e Rota. Além disso, propôs intensificar os laços culturais e educacionais, com foco no sucesso do Ano Cultural China-Brasil em 2026 e no fortalecimento do intercâmbio entre os dois povos.
A China reafirmou seu apoio ao Brasil na realização da COP30 em Belém do Pará e se comprometeu a colaborar em fóruns multilaterais como ONU, BRICS e G20. Li Qiang defendeu uma globalização mais inclusiva e um mundo multipolar, com mais estabilidade e igualdade entre as nações.
Lula, por sua vez, expressou sua disposição de aprofundar os laços com a China, destacando a amizade entre os dois povos. Ele reafirmou o compromisso do Brasil com o consenso bilateral e com a ampliação da cooperação em áreas como ciência, comércio, finanças e meio ambiente.
Ao final do encontro, Brasil e China assinaram diversos acordos de cooperação em áreas como inteligência artificial, finanças, estratégia de desenvolvimento e setor aeroespacial, consolidando a parceria estratégica entre os dois países.
( da redação com agências. Edição: Política Real)