DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em leve alta e no Brasil divulgação do PNAD de maio e estatísticas de crédito
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(Brasília-DF, 27/06/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em leve alta e no Brasil divulgação da Pnad de maio, com expectativa de queda na taxa de desemprego para 6,3%, e nas estatísticas de crédito de maio,
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Os futuros de ações nos EUA operam em leve alta nesta sexta-feira, com S&P 500 e Nasdaq 100 renovando máximas históricas intradiárias (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,3%), à medida que investidores aguardam a leitura de inflação preferida do Fed (PCE). Dados de renda, consumo e sentimento do consumidor também serão divulgados.
As taxas das Treasuries sobem, com o mercado de olho no PCE e nas críticas recentes de Trump ao presidente do Fed, Jerome Powell. A Treasury de 10 avança +1 bp e a de 2 anos +3 bps.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,9%), com destaque para o setor automotivo (+2%) após a Casa Branca indicar que o prazo para novas tarifas pode ser estendido. Ações da Porsche (+2,2%), Valeo (+2,2%) e Mercedes-Benz (+1,6%) lideram os ganhos, enquanto setores defensivos como utilities recuam levemente (-0,1%).
Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,6%; HSI: -0,2%) após a divulgação de lucros industriais fracos no acumulado do ano (-9,1%). No Japão, o Nikkei subiu 1,4% e superou os 40 mil pontos pela primeira vez desde janeiro.
Economia
Nos Estados Unidos, rumores de que o presidente Donald Trump substituirá o presidente do Fed antecipadamente impulsionaram os mercados, com expectativa de cortes de juros. Do lado da guerra comercial, o Secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que o país finalizou um entendimento com a China, informação confirmada pelo governo chinês. Ele ainda afirmou que a Casa Branca tem plano iminentes de chegar a um acordo com outros 10 parceiros comerciais. A revisão do PIB americano do 1º trimestre trouxe uma queda maior do que o esperado, de -0,2% para -0,5% anualizado, com destaque para o consumo das famílias, que foi revisto de 1,2% para 0,5%, surpreendendo o mercado. Como consequência, o dólar perdeu força e ativos de risco ganharam tração. Na agenda internacional, o foco será na divulgação do núcleo de inflação do PCE de maio, esperado acelerar de 2,1% para 2,3%, além da leitura final da sondagem ao consumidor da Universidade de Michigan, que deve ter impacto limitado sobre preços.
IBOVESPA +1,0% | 137.114 Pontos. CÂMBIO -1,0% | 5,50/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira em alta de 1,0%, aos 137.114 pontos. O desempenho positivo do índice repercutiu o IPCA-15 de junho, que veio ligeiramente abaixo das expectativas, com surpresas baixistas concentradas em serviços. Além disso, os investidores continuaram atentos ao cenário político, após o Congresso aprovar a derrubada dos decretos que elevam o IOF. O dólar fechou em queda de 1,0%, aos R$ 5,50.
Os destaques positivos do dia na Bolsa brasileira foram as varejistas Azzas 2154, Natura e Vivara (AZZA3, +6,0%; NTCO3, +5,0%; VIVA3, +4,3%), repercutindo o fechamento da curva de juros. Na ponta negativa, Localiza (RENT3, -7,3%) liderou as perdas após notícias de que o governo prepara um programa que reduzirá o IPI para carros com motor 1.0, o que afetaria negativamente o lucro da companhia devido ao aumento de despesas de depreciação.
Nesta sexta-feira, os destaques da agenda econômica serão a divulgação de dados de emprego no Brasil e o deflator PCE de maio nos EUA, a métrica de inflação preferida do Federal Reserve.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com fechamento por toda extensão da curva. Nos EUA, a possibilidade de o presidente Trump substituir a liderança do Federal Reserve por um nome mais favorável ao corte de juros elevou o apetite por risco dos investidores. Além disso, a forte demanda por títulos no leilão do Tesouro americano impulsionou a diminuição na curva americana. No Brasil, o IPCA-15 de junho (0,26%), abaixo do esperado (0,30%), levou à redução da curva de juros. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,72% (-6,6bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,24% (-5,3bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,93% (- 1,5bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,19% (- 4,8bps); DI jan/29 em 13,3% (- 10,6bps); DI jan/31 em 13,46% (- 9,9bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira em alta de 0,21%, registrando o terceiro dia consecutivo de valorização antes do fechamento do mês, data principal para o anúncio dos rendimentos desses ativos. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolo tiveram desempenhos médios positivos na sessão, com altas de 0,10% e 0,24%, respectivamente. As maiores altas foram de RCRB11 (2,4%), XPCI11 (1,8%) e RBRR11 (1,6%), enquanto as maiores quedas ficaram com GZIT11 (-1,1%), VCJR11 (-1,1%) e HCTR11 (-0,9%).
No Brasil, o Banco Central divulgou ontem seu Relatório de Política Monetária, reforçando o cenário de juros elevados por mais tempo, com projeções de IPCA mais elevadas no médio e longo prazo. O documento corrobora nossa visão de que o BCB cortará juros em abril, com a Selic atingindo 12,50% até o final de 2026. O IPCA-15 de junho subiu 0,26%, abaixo das expectativas, com surpresas baixistas em serviços, especialmente passagens aéreas, condomínios e aluguéis, reforçando o viés de baixa na projeção para 2025, atualmente em 5,5%.
No lado fiscal, a derrubada do decreto do IOF pelo Congresso aumenta os desafios para a execução orçamentária de 2025 e 2026, com baixa probabilidade de mudança na meta neste ano, mas possíveis alterações para 2026. Hoje, a atenção estará na divulgação da Pnad de maio, com expectativa de queda na taxa de desemprego para 6,3%, e nas estatísticas de crédito de maio, que ganharam relevância após o aumento da inadimplência.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)