DESTAQUES DO DIA: Mercados globais com sinais mistos – EUA em estabilidade e na Europa em alta; no Brasil, sem índices relevantes
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(Brasília-DF, 05/06/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão mistos. Nos EUA está em estabilidade e na Europa está em alta. No Brasil, sem índices relevantes.
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Nesta quinta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam próximos da estabilidade (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%), após o Dow Jones encerrar uma sequência de quatro altas consecutivas. O mercado segue atento aos sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho.
Com os dados fracos de ontem ainda repercutindo, as taxas das Treasuries operam estáveis nesta manhã: o título de 10 anos sobe menos de 1 bp, enquanto o de 2 anos também avança menos de 1 bp, já o de 30 anos permanece em 4,89%.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,4%), com os investidores aguardando o anúncio de política monetária do BCE ao longo do dia. Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,2%; HSI: +0,9%), acompanhando o otimismo na Coreia do Sul, onde o índice Kospi subiu 1,5% e renovou máximas de 10 meses, impulsionado pelas expectativas de estímulo fiscal sob o novo governo.
Na agenda internacional desta quinta-feira, destaque para a decisão de política monetária na Zona do Euro. O Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir suas taxas de juros de referência em 0,25 p.p., em meio à desaceleração da atividade econômica e recuo da inflação.
IBOVESPA -0,39% | 137.002 Pontos. CÂMBIO -0,15% | 5,64/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira em queda de 0,4%, aos 137.002 pontos, pressionado principalmente por Petrobras (PETR3 -2,9%; PETR4 -2,8%).
O principal destaque negativo na Bolsa brasileira foi Minerva (BEEF3 -7,1%), que acumula queda de 8,6% nos dois últimos pregões após anunciar o valor captado em seu processo de aumento de capital (veja aqui o comentário dos nossos analistas). Na ponta positiva, empresas de educação como Cogna e YDUQS (COGN3 +4,7%; YDUQ3 +4,4%) avançaram com o alívio nas pontas longas da curva de juros e seguem em movimento de alta, especialmente COGN3, após a queda causada pelo anúncio das mudanças regulatórias no ensino a distância (veja mais detalhes aqui).
Para o pregão desta quinta-feira, o principal destaque da agenda econômica será a decisão de juros na Zona do Euro.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com leve abertura nos vértices curtos, e fechamento na parte longa da curva. Nos Estados Unidos, a curva de juros fechou em queda nesta quarta-feira, após a divulgação de dados econômicos mais fracos que o esperado. O índice ISM de Serviços caiu para território contracionista, sinalizando retração na atividade do setor. Além disso, a pesquisa ADP mostrou uma criação de empregos bem abaixo das expectativas. Esses indicadores aumentaram as apostas de que o Federal Reserve poderá cortar os juros já em junho, com probabilidade subindo para perto de 30%. A forte queda nos preços do petróleo também contribuiu para o movimento de baixa nos rendimentos das Treasuries.
No Brasil, a leve “desinclinação” da curva foi influenciada principalmente pelo cenário externo, com o recuo das Treasuries ajudando a aliviar a ponta longa. No entanto, o movimento foi contido pelas incertezas fiscais, especialmente diante da expectativa por alternativas ao aumento do IOF. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,87% (-8,52bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,35% (-11,56bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,83% (+2,5bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,21% (+2,4bps); DI jan/29 em 13,65% (+5,2bps); DI jan/31 em 13,72% (- 6,2bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira em queda de 0,18%, acumulando uma desvalorização de 0,40% neste início de mês. O destaque negativo da sessão foram os Fundos de Tijolo, que apresentaram desvalorização média de 0,34%, enquanto os FIIs de Papel registraram desempenho médio positivo de 0,02%. Entre os destaques individuais positivos estiveram OUJP11 (+1,9%), ITRI11 (+1,9%) e DEVA11 (+1,6%), enquanto VINO11 (-2,3%), GZIT11 (-2,2%) e PVBI11 (-1,8%) figuraram entre as maiores quedas do dia.
Economia
Publicamos nesta manhã o relatório Brasil Macro Mensal referente a junho. Entre os destaques, elevamos nossas projeções para o crescimento do PIB em 2025 (de 2,3% para 2,5%) e 2026 (de 1,5% para 1,7%). O mercado de trabalho segue aquecido e as concessões de crédito mostram resiliência. Enquanto isso, reduzimos nossa projeção para o IPCA de 2025, de 5,7% para 5,5%, refletindo surpresas baixistas recentes e moderação nos preços ao atacado. Para 2026, nossa projeção de inflação segue acima do intervalo da meta (4,7%).
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)