31 de julho de 2025
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ECONOMIA: Indústria de abril avançou 0,1% em abril, na prática, uma estabilização informa PIM-PF do IBGE

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( Publicada originalmente às 10h 00 do dia 03/06/2025) 

(Brasília-DF, 04/06/2025) Na manhã desta terça-feira, 03, o IBGE divulgou nesta manhã a sua Pesquisa Mensal da Indústria, PIM- PF Abril, revelando que a produção industrial nacional variou 0,1% frente a março, na série com ajuste sazonal.

Em relação a abril de 2024, na série sem ajuste, houve variação de -0,3%, interrompendo, dessa forma, dez meses consecutivos de crescimento. O acumulado no ano foi a 1,4% e o dos últimos 12 meses chegou a 2,4%. Já a média móvel trimestral para o trimestre terminado em abril ficou em 0,5%.

Três das quatro grandes categorias econômicas e 13 das 25 atividades industriais pesquisadas apontaram avanço na produção na passagem de março para abril de 2025.

Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram assinaladas por indústrias extrativas (1,0%) e bebidas (3,6%), com a primeira acumulando expansão de 7,5% em três meses consecutivos de crescimento; e a segunda voltando a crescer após apontar variação nula (0,0%) em março e -0,1% em fevereiro de 2025.

Outras contribuições relevantes sobre o total da indústria vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%) e de impressão e reprodução de gravações (11,0%).

Por outro lado, entre as onze atividades que mostraram queda na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,5%) exerceram os principais impactos na média da indústria, com ambas eliminando parte dos avanços verificados em março último: 3,4% e 12,0%, respectivamente.

Outras influências negativas relevantes sobre o total da indústria vieram de celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), de máquinas e equipamentos (-1,4%), de móveis (-3,7%), de produtos diversos (-3,8%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,9%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda frente a março de 2025, na série com ajuste sazonal, bens de capital (1,4%) mostrou o resultado positivo mais acentuado em abril de 2025 e eliminou a perda de 0,5% verificada no mês anterior.

Os setores produtores de bens intermediários (0,7%) e de bens de consumo duráveis (0,4%) também assinalaram crescimento nesse mês, com o primeiro marcando o terceiro mês seguido de avanço na produção, período em que acumulou ganho de 2,1%; e o segundo acumulando expansão de 4,2% em dois meses consecutivos de resultados positivos.

Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 1,9%, mostrou a única taxa negativa em abril de 2025 e eliminou parte do avanço de 2,8% registrado em março último.

Média móvel trimestral varia 0,5% no trimestre encerrado em abril

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral mostrou variação positiva de 0,5% no trimestre encerrado em abril de 2025 frente ao nível do mês anterior e marcou o segundo mês seguido de crescimento, acumulando nesse período expansão de 0,9%.

Entre as grandes categorias econômicas, todas assinalaram resultados positivos em abril de 2025, com maior intensidade para bens intermediários (0,7%) e bens de consumo duráveis (0,5%), e menor para bens de capital (0,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,1%).

Acumulado no ano avança 1,4%

No índice acumulado no ano de 2025, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 1,4%, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 50 dos 80 grupos e 53,9% dos 789 produtos pesquisados.

Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por máquinas e equipamentos (9,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%), produtos químicos (4,2%), indústrias extrativas (1,8%) e metalurgia (4,7%). Outras contribuições positivas importantes foram assinaladas pelos ramos de produtos têxteis (11,8%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (8,8%), de produtos de metal (2,7%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,5%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,1%) e de móveis (5,0%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-abril de 2024, entre as nove atividades que apontaram redução na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor produção de óleo diesel e de álcool etílico. Vale destacar também os impactos negativos registrados pelos setores de produtos alimentícios (-0,7%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,5%), de bebidas (-2,3%) e de impressão e reprodução de gravações (-11,3%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os quatro primeiros meses de 2025 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (8,8%), impulsionada, em grande medida, pela maior produção de automóveis (7,3%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (13,4%).

Os setores produtores de bens de capital (2,6%) e de bens intermediários (1,5%) também assinalaram taxas positivas no índice acumulado do primeiro quadrimestre de 2025 e apontaram avanços mais elevados do que o verificado na média da indústria (1,4%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 0,9%, registrou a única taxa negativa no fechamento dos quatro primeiros meses do ano.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)