Ronaldo Caiado, aproveitamento evento da Bancada da Bala em Aracaju, volta ao Nordeste e diz que União tem sido “conivente e complacente” com o crime no Brasil,
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(Brasília-DF, 23/05/2025) O governador do Goiás e um inegável pré-candidato à presidência da República, Ronaldo Caiado, sempre que pode busca andar pelo Nordeste do Brasil, região considerada decisiva junto com Minas Gerais para as recentes eleições presidenciais. Ele fez o pré-lançamento de uma pré-candidatura presidencial na Bahia, em Salvador, terra de sua esposa e mulher.
Nesta sexta-feira, 23, ele voltou ao Nordeste desta vez para falar de um dos assuntos que mais costa de falar, o enfrentamento da insegurança pública e do crime organizado.
Sergipe
Caiado palestrou na Assembleia Legislativa de Sergipe, durante o Seminário da Frente Parlamentar da Segurança Pública no Congresso Nacional, a chamada “Bancada da Bala”. Em face da queda contínua dos índices de criminalidade em Goiás, o chefe do Executivo goiano engrossou o coro contra a atuação do governo federal na área e a tentativa de concentrar poder a partir do Sistema Único de Segurança Pública (Susp).
Caiado criticou o governo Lula por querer usar o Sistema Único de Saúde (SUS) como modelo para a segurança pública, sem considerar as particularidades e diferenças de cada área.
“Estão querendo copiar o SUS. Mas pneumonia a gente trata em Sergipe, Goiás ou em São Paulo com o mesmo protocolo. Em segurança pública, não. O crime é diferente em cada estado. E o sistema não pode ser único, mas deve ser integrado. É buscar uma forma conjunta de atuação, com sala de comando de inteligência e operacional que funcione”, afirmou.
Para Caiado, a União tem sido “conivente e complacente” com o crime no Brasil, e que, enquanto não se cria uma forma efetiva de combate, as organizações criminosas estão se aprimorando, tanto em armamento – mais eficiente que o utilizado pelas polícias – quanto em estrutura. “Hoje a venda de drogas é um suvenir das facções. Com tamanho caixa, estão entrando no setor imobiliário, concentrando os postos de gasolina, supermercados e usinas de cana. Estão entrando em todas as áreas da economia do país”, denunciou.
Alastrado pelo Brasil
Caiado defendeu que cabe aos governadores criar e executar estratégias para combater os crimes que afligem cada região, e que deve ser responsabilidade da União dar suporte e oferecer parcerias capazes de reforçar essa atuação. Em vez disso, comentou, “eles propõem uma PEC, algo absurdo, que fere a Constituição e a autonomia dos estados em produzir regras gerais para a ação da polícia local. Somos um país federativo, e não com comando único. Somos um país de municípios, estados e união. Somos entes federados, e não tutelados”, definiu.
Caiado também falou da inércia do governo federal no quesito investimento. “Em seis anos e cinco meses, investimos R$ 17,5 bilhões na segurança de Goiás. Quanto recebi de contrapartida? R$ 960 milhões. Ou seja, 5% do que investimos. E as polícias estão agindo em combate a crimes federais, como lavagem de dinheiro e contrabando de armas e drogas”, pontuou.
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)