31 de julho de 2025
Brasil e Economia

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em leve alta e no Brasil todas as atenções estão voltadas para o primeiro relatório bimestral do orçamento do ano, que o governo apresentará hoje

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Mercados globais em alta

(Brasília-DF, 22/05/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP investimentos apontando mercados em leve alta e no Brasil todas as atenções estão voltadas para o primeiro relatório bimestral do orçamento do ano, que o governo apresentará hoje

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Mercados globais

Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA operam com leve alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,1%), após uma sessão de forte realização puxada por preocupações fiscais. Ontem, o Dow Jones caiu mais de 800 pontos e o S&P 500 recuou 1,6%, com os rendimentos dos Treasuries disparando. O texto do projeto indica um possível aumento trilionário da dívida americana, reacendendo temores de inflação persistente no contexto das tarifas impostas por Trump. O rendimento do Treasury de 30 anos voltou a encostar nos 5,09%, máxima desde outubro. Hoje, investidores acompanham os dados semanais de pedidos de seguro-desemprego.

As taxas dos Treasuries americanos operam próximos da estabilidade nesta manhã (dois anos: -2 bps; 10 anos: -1 bps; 30 anos: estável em 5,09%).

Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -1%), com resultados fracos de empresas como EasyJet, que reportou prejuízo maior no semestre e recua 3% na Bolsa de Londres. DAX e CAC 40 caem cerca de 0,5%, enquanto o FTSE 100 recua 0,4%.

Na China, os mercados fecharam em baixa (CSI 300: -0,1%; HSI: -1,2%), acompanhando a realização global e com investidores ainda avaliando os impactos do corte de juros do PBoC. No Japão, o Nikkei caiu 0,8% e o Kospi recuou 1,2%. O dólar segue estável frente ao iene, enquanto o petróleo Brent recua para US$ 81,60 o barril.

Economia

Os juros dos títulos do Tesouro dos EUA estão em alta, impulsionados pelas medidas expansionistas fiscais do presidente Trump que tramitam no Congresso. A Câmara dos Representantes votará a extensão dos cortes de impostos de 2017 e um corte adicional nos impostos cobrados sobre algumas despesas de consumo e financiamentos de veículos, além de aumentar os gastos com defesa e segurança nas fronteiras. A alta nos juros dos títulos do Tesouro dos EUA está se espalhando para outros países, como o Japão.

IBOVESPA -1,59% | 137.881 Pontos.  CÂMBIO -0,46% | 5,64/USD

Ibovespa

Na quarta-feira ,21, o Ibovespa fechou em queda de 1,59%, aos 137.881 pontos, em linha com os mercados globais (S&P 500, -1,6%; Nasdaq, -1,4%) e com 73 dos 87 papéis que compõem o índice finalizando o pregão no campo negativo. As ações globais foram pressionadas por uma abertura nas taxas dos Treasuries, com as taxas de 10 anos subindo 11 bps, para 4,60%, e as taxas de 30 anos subindo 12 bps, para 5,09%. Esse movimento foi impulsionado pelo aumento da percepção de risco fiscal em meio a preocupações com a nova proposta de lei orçamentária do governo dos EUA. Como resultado, a curva de juros doméstica abriu, com o DI/Jan 34 subindo 10 bps.

O principal destaque positivo ontem foi Raízen (RAIZ4, +6%), após acordo para venda de um grupo de projetos de usinas solares distribuídas para o Pátria Investimentos. Na ponta negativa, temos papéis sensíveis aos juros como Vamos, Cyrela e MRV (VAMO3, -6,6%; CYRE3, -5,6%; MRVE3, -5,6%), repercutindo a abertura da curva de juros.

Para o pregão desta quinta-feira (22), os destaques da agenda econômica são os PMIs de manufatura e serviços referentes a maio nos EUA e na Zona do Euro. Já pela temporada de resultados internacional do 1T25, o principal destaque é PDD.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com abertura ao longo da curva. Nos EUA, a aversão ao risco do mercado se intensificou após notícias indicarem que o governo Trump estuda a expansão das isenções fiscais, além do grande leilão de T-Bonds de 20 anos (US$ 16 bilhões) promovido pelo Tesouro americano. No Brasil, além do impacto da abertura da curva americana, os investidores reagiram com pessimismo após o noticiário local informar que a Advocacia Geral da União (AGU) está calculando o reembolso aos afetados pelos descontos ilegais do INSS. Adicionalmente, o governo assinou uma medida provisória que confere gratuidade ao consumo mensal familiar de até 80 kWh para os beneficiários do “Tarifa Social de Energia Elétrica”, o que aumenta a incerteza sobre a trajetória fiscal brasileira. A medida segue agora para o Congresso. Na curva americana, os rendimentos dos Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,02% (+5,3bps), enquanto os de 10 anos em 4,60% (+11,3bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,75% (+1,6bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,06% (+9bps); DI jan/29 em 13,67% (+14,2bps); DI jan/31 em 13,89% (+13bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira com uma leve queda de 0,03%, mas ainda acumula uma valorização de 0,69% no mês. Os FIIs de Papel apresentaram uma valorização média de 0,03%, enquanto os Fundos de Tijolos tiveram uma desvalorização média de 0,15% na sessão. Entre os destaques positivos, estão RCRB11 (+2,5%), DEVA11 (+2,0%) e BPFF11 (+1,8%). Por outro lado, os destaques negativos incluem CPSH11 (-2,2%), CCME11 (-1,9%) e HGRE11 (-1,7%).

No Brasil, todas as atenções estão voltadas para o primeiro relatório bimestral do orçamento do ano, que o governo apresentará hoje. Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento provavelmente anunciarão um congelamento (entre bloqueio e contingenciamento) de despesas entre R$ 10-15 bilhões, de acordo com as expectativas do mercado.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)