31 de julho de 2025
Brasil e Economia

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil marcado ainda avalia o impacto das medidas contra as exportações de frango

Veja mais números

Publicado em
Mercados globais em queda

(Brasília-DF, 19/05/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil Mercado avalia as medidas contra as exportações de frango do Brasil.

Veja mais:

Nesta segunda-feira (19), os futuros dos EUA operam em queda (S&P 500: -1,2%; Nasdaq 100: -1,6%), após a agência Moody’s rebaixar a nota de crédito dos EUA de Aaa para Aa1, citando os crescentes déficits fiscais e os custos elevados de refinanciamento da dívida. A notícia pressiona os mercados após uma semana positiva, em que os índices celebraram o acordo tarifário temporário entre EUA e China. Na semana passada, o Nasdaq saltou mais de 7% e o S&P 500 subiu 5%.

As Treasuries disparam com o downgrade: a taxa do título de 30 anos sobe 10 bps, o de 10 anos vai +10 bps e o de dois anos sobe 2 bps, refletindo o aumento da percepção de risco fiscal.

Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -0,7%), com investidores atentos à cúpula entre Reino Unido e União Europeia. Londres e Paris caem 0,5%, enquanto Frankfurt recua 0,2%. O encontro entre o premiê britânico Keir Starmer e Ursula von der Leyen pode marcar um redesenho das relações pós-Brexit, com pactos nas áreas de defesa, mobilidade juvenil e comércio.

Na China, os mercados fecharam em queda após dados mistos (HSI: -0,1%; CSI 300: -0,3%). As vendas no varejo cresceram 5,1% em abril, abaixo do esperado (5,5%), enquanto a produção industrial subiu 6,1%, superando as estimativas. O impacto das tarifas dos EUA foi mais brando do que o previsto.

Economia

A Moody’s – uma das principais agências de classificação de risco de crédito do mundo – rebaixou a nota dos Estados Unidos de Aaa (nota máxima) para Aa1 (2ª nota mais alta). O país mantinha nota máxima pela agência desde 1917. Após o anúncio, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano aumentaram. Na China, as vendas no varejo em abril cresceram 5,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, abaixo da expectativa de 5,5%. A produção industrial cresceu 6,1% na comparação anual, superando as projeções (5,5%). Ademais, o investimento em ativos fixos cresceu 4,0% no acumulado do ano até abril, levemente abaixo do esperado (4,2%).

IBOVESPA -0,11% | 139.187 Pontos.    CÂMBIO -0,19% | 5,66/USD

Ibovespa

O Ibovespa fechou a última semana em alta de 2% em reais e 1,5% em dólares, aos 139.187 pontos, atingindo sua máxima histórica de fechamento.

O principal destaque positivo da semana foi a Marfrig (MRFG3, +26,3%), impulsionada pelo anúncio de fusão com a BRF (BRFS3, +8,2%) (veja mais detalhes aqui).

Na ponta negativa, o Banco do Brasil (BBAS3, -13,1%) liderou as perdas após a divulgação de seus resultados do primeiro trimestre de 2025 (1T25), que decepcionaram os investidores (veja o comentário dos nossos analistas aqui).

Renda Fixa

No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com fechamento na parte curta e abertura nos vértices intermediários e longos da curva. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de –125,50 pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -94,00 bps nesta semana. A curva, portanto, apresentou ganho de inclinação. As taxas de juro real tiveram aumento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,46% a.a. (vs. 7,37% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou a semana em 14,74% (- 5,5bps); DI jan/31 em 13,76% (+24bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a sexta-feira em alta de 0,47%, acumulando uma valorização de 0,77% no mês. Tanto os FIIs de papel quanto os de tijolo registraram desempenhos positivos na sessão, com valorizações médias de 0,31% e 0,45%, respectivamente. Entre os destaques positivos, estão: CCME11 (+2,8%), HGBS11 (+2,6%) e RBRP11 (+2,5%). Por outro lado, os destaques negativos foram: BLMG11 (-2,5%), BTRA11 (-2,4%) e RZAK11 (-1,2%).

No Brasil, as exportações de frango e derivados foram suspensas para nove destinos após a confirmação da gripe aviária em uma granja em Montenegro (RS). O Brasil era o único grande produtor mundial livre da doença.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)