31 de julho de 2025
Brasil e Poder

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil destaque para a produção do comércio

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(Brasília-DF, 14/05/2025)  A Política Real teve acesso ao relatório “ Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em estabilidade e no Brasil atenção para produção do setor de serviços de março.

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Nesta quarta-feira (14), os futuros dos EUA operam próximos da estabilidade (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,1%) após mais um dia positivo para o mercado, impulsionado pela trégua tarifária entre EUA e China. Na véspera, o S&P 500 subiu 0,72% e voltou ao campo positivo no acumulado do ano, enquanto o Nasdaq avançou 1,61%, emplacando sua quinta alta consecutiva. O Dow caiu 0,64%, pressionado por uma queda de quase 18% das ações da UnitedHealth devido à saída repentina de seu CEO. O apetite por risco segue elevado, com investidores vendo o acordo tarifário como sinal de que nenhuma das partes deseja intensificar o conflito. Techs lideraram os ganhos, com Nvidia saltando mais de 5% após anunciar a venda de 18 mil chips de IA para a startup saudita Humain.

A taxa das Treasuries avançam levemente, com a taxa do título de 10 anos subindo 2,4 bps e a de dois anos 1,0 bps, mesmo após dados abaixo do esperado da CPI de abril.

Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -0,2%), com o CAC 40 liderando as perdas após cair 0,4%. Destaque positivo para a Burberry, que subiu 8% após anunciar medidas de corte de custos. Na China, os mercados fecharam em alta, com otimismo renovado sobre a trégua comercial e forte desempenho de empresas ligadas a semicondutores (HSI: +2,3%; CSI 300: +1,2%)

Economia

O sentimento de risco global melhorou esta semana com a combinação da distensão da guerra comercial global e números favoráveis ​​da inflação nos EUA. A Casa Branca divulgou um decreto que reduz tarifas sobre itens importados de baixo valor da China. Em relação à inflação, o índice de preços ao consumidor de abril ficou abaixo das expectativas ontem. Participantes do mercado interpretaram os números como um sinal verde para o Federal Reserve (banco central dos EUA) cortar as taxas de juros caso a economia desacelere no futuro.

IBOVESPA +1,76% | 138.963 Pontos.   CÂMBIO -1,34% | 5,61/USD

Ibovespa

Na terça-feira (13), o Ibovespa fechou em alta de 1,76%, aos 138.963 pontos, alcançando sua máxima histórica de fechamento. O desempenho positivo do índice foi impulsionado por um novo movimento de apetite por risco após a ata do Copom reforçar a indicação de que o ciclo de alta de juros deve estar próximo do fim. Além disso, papéis de grande peso no índice, como Petrobras (PETR3, +0,6%; PETR4, +1,5%) e Vale (VALE3, +1,6%), avançaram, também contribuindo para a marca histórica.

O principal destaque positivo do dia foi Hapvida (HAPV3, +11,3%), após a divulgação dos resultados do 1T25 da companhia, que superaram as expectativas do mercado (veja aqui o comentário). Já o destaque negativo foi Yduqs (YDUQ3, -8,5%), também repercutindo os resultados do 1T25 (veja mais detalhes aqui).

Para o pregão de quarta-feira, os principais destaques da agenda doméstica serão os balanços referentes ao 1T25 de Azul, Copasa e Rede D’Or. Já pela temporada internacional de resultados, dentre os destaques estão Cisco, Sony e Tencent.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento na parte curta, enquanto houve abertura nos vértices intermediários e longos da curva. No Brasil, o Copom destacou na ata de sua última reunião que o cenário internacional continua incerto, mas alguns indicadores locais sinalizam um arrefecimento, enquanto a taxa Selic permanece em um patamar restritivo. Em decorrência disso, parte do mercado intensificou as apostas em uma reunião sem alterações na taxa de juros em junho. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,78% (-1,7bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,01% (-2,4bps); DI jan/29 em 13,51% (+5bps); DI jan/31 em 13,69% (+8,3bps). Nos EUA, o índice de preços ao consumidor (CPI) acelerou 0,2% em abril, ficando abaixo da expectativa do consenso, que era de 0,3%. Isso levou os investidores globais a precificarem a manutenção da taxa básica de juros por mais tempo. Nesse contexto, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,01% (-2,1bps), enquanto os de 10 anos em 4,47% (-0,1bp).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira em alta de 0,15%, acumulando uma leve valorização de 0,11% neste início de semana. Tanto os fundos de papel quanto os FIIs de tijolo registraram desempenhos positivos na sessão, com valorizações médias de 0,10% e 0,18%, respectivamente. Entre os destaques positivos estão GTWR11 (+1,8%), LVBI11 (+1,7%) e ICRI11 (+1,5%). Já os destaques negativos foram CCME11 (-2,4%), TEPP11 (-2,4%) e RCRB11 (-1,2%).

No Brasil, o Banco Central publicou ontem a ata da sua reunião de política monetária de maio. O comitê reforçou a necessidade de “cautela adicional” na condução da política monetária e “flexibilidade”, o que é consistente com o cenário de que o ciclo de alta de juros está encerrado ou muito próximo disso. O destaque hoje é a produção do setor de serviços de março.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)