31 de julho de 2025
Brasil e Economia

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil teremos a divulgação do IGP-DI de abril

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Mercados globais em alta

(Brasília-DF, 08/05/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil teremos a divulgação do IGP-DI de abril.

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Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,77% (-0,3bp), enquanto os de dez anos fecharam em 4,37% (-2,8bps).

Mercados globais

Nesta quinta-feira, os futuros dos EUA operam em alta (S&P 500: +1,1%; Nasdaq 100: +1,5%). Na véspera, o S&P 500 subiu 0,43%, com apoio de uma alta de 3% da Nvidia, após rumores de fim das restrições a chips. O Nasdaq avançou 0,27% e o Dow, 0,7%. A atenção se volta agora para os novos dados econômicos que serão divulgados hoje, incluindo os pedidos semanais de seguro-desemprego e o levantamento de expectativas do consumidor do Fed de Nova York. Do lado corporativo, ConocoPhillips e Warner Bros. Discovery divulgam resultados antes da abertura, enquanto Paramount e Expedia reportam após o fechamento.

Nas Treasuries, as taxas dos títulos de 10 e 2 anos sobem +2 bps, à medida que os investidores aguardam avanços nas negociações comerciais.

Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,6%) com expectativas de um acordo comercial entre Reino Unido e EUA. O possível pacto seria o primeiro desde o anúncio das tarifas “recíprocas” pelos EUA em abril.

Na China, os mercados fecharam em alta, repercutindo a decisão do Fed e a expectativa pelas negociações bilaterais que ocorrem esta semana na Suíça entre autoridades americanas e chinesas (HSI: +0,4%; CSI 300: +0,6%).

Economia

A superquarta trouxe poucas novidades em termos de política monetária. Nos Estados Unidos, o Fed manteve as taxas de juros na faixa entre 4,25% e 4,5%, conforme amplamente esperado. No comunicado, o Fed destacou que os riscos tanto do aumento de desemprego quanto de inflação aumentaram. Na entrevista pós-reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o banco central persistirá com sua abordagem de esperar para ver até que as incertezas relacionadas às tarifas comerciais se reduzam. Nesse sentido, vale destacar que o presidente Trump rejeitou dar o primeiro passo e reduzir as tarifas para produtos chineses como forma de trazer a China à mesa de negociação.

IBOVESPA -0,09% | 133.398 Pontos.   CÂMBIO +0,65% | 5,75/USD

Ibovespa

O Ibovespa fechou praticamente de lado ontem, com desvalorização de 0,09%, aos 133.398 pontos, com o mercado à espera das decisões de política monetária nos EUA e no Brasil. Ambos os bancos centrais agiram conforme as expectativas, com o Federal Reserve (Fed) mantendo o atual patamar de juros em 4,25%-4,50%, e o Bacen subindo a Selic em 0,50 p.p., para 14,75% ao ano.

O principal destaque positivo na Bolsa brasileira foi a Klabin (KLBN11, +2,68%), após a empresa divulgar o balanço do 1T25, considerado positivo pelo mercado (leia nossa análise aqui). No mês, o papel apresenta recuperação de 3,51%, enquanto no ano acumula queda de 17,15%. Já o destaque negativo foi Raia Drogasil (RADL3, -4,76%), após divulgação do resultado do 1T25 considerado negativo pelo mercado (leia nossa análise aqui).

Nesta quinta-feira, serão divulgados dados da balança comercial da China no mês de abril. Pela temporada de resultados do 1T25, Ambev, Assaí, Azzas, Cemig, Copel, Itaú, Localiza, Lojas Renner, Magazine Luiza, e Suzano são destaques. Pela temporada internacional, os principais balanços serão de AB InBev, e Warner Bros. Discovery.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com movimentação mista ao longo da curva. No Brasil, os vértices curtos foram marcados pela convergência das apostas dos investidores em uma alta de 50 bps na reunião do Copom. Já os intermediários e longos reagiram à decisão de juros do Federal Reserve. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,72% (+1,3bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,99% (+2,4bps); DI jan/29 em 13,5% (- 3,9bps); DI jan/31 em 13,66% (- 6bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira com alta de 0,08%, antes da decisão de política monetária do Copom. O destaque da sessão foi o desempenho positivo dos FIIs de Papel, que registraram valorização média de 0,10%, enquanto os Fundos de Tijolos apresentaram uma desvalorização média de 0,04%. Entre os resultados positivos individuais, ficaram SNCI11 (+1,9%), HGFF11 (+1,8%) e WHGR11 (+1,8%). Por outro lado, entre os destaques negativos, figuraram GZIT11 (-3,3%), JSRE11 (-1,9%) e RBFF11 (-1,7%).

No Brasil, o Copom aumentou a taxa Selic em 0,5 p.p., chegando a 14,75% ao ano. No comunicado pós-reunião, o Copom ressaltou as incertezas globais e a força da atividade doméstica, mas trouxe elementos que sugerem que o ciclo de aperto está encerrado (ou muito próximo disso). No entanto, acreditamos que as pressões inflacionárias domésticas acabarão por levar o Banco Central a fazer um último ajuste. Tivemos também a divulgação dos dados da pesquisa industrial mensal de março, que mostrou uma alta de 1,2% ante o mês anterior, encerrando uma série de 5 meses negativos.

Na agenda do dia, destaque para a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra. A expectativa majoritária é de um corte de 0,25 p.p., e o mercado espera mais três cortes adicionais neste ano. No Brasil, teremos a divulgação do IGP-DI de abril, com consenso indicando alta de 0,35%, revertendo parcialmente a queda de 0,5% registrada em março.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)