31 de julho de 2025
Brasil e Poder

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade por um lado e alta por outro enquanto no Brasil destaque para as pesquisas de emprego da Pnad continua

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Mecados globais

(Brasília-DF, 30/04/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em estabilidade nos EUA e em alta na Europa e no Brasil destaque para as pesquisas de emprego da Pnad continua.

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Nesta quarta-feira, os futuros dos EUA operam próximos da estabilidade (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,3%), após o S&P 500 e o Dow registrarem sua sexta alta consecutiva, a mais longa desde novembro e julho, respectivamente. A cautela predomina enquanto os investidores aguardam dados cruciais de PIB e inflação (PCE), além dos balanços de Meta e Microsoft. Na véspera, o S&P 500 subiu 0,58% e o Nasdaq avançou 0,55%, com apoio de declarações do governo dos EUA sobre avanços em acordos comerciais. Trump afirmou que negociações com a Índia estão “indo muito bem” e que um acordo pode ser anunciado em breve. Abril segue volátil, mas os índices vêm reduzindo as perdas do mês (S&P 500: -0,9% em abril).

As Treasuries operam próximas da estabilidade, com a taxa do título de 10 anos recuando -1 bp, enquanto o de 2 anos sobe +1 bp.

Nos Estados Unidos, os dados do Relatório Jolts mostraram uma queda nas vagas de emprego, mas uma redução nas demissões sugeriu que o mercado de trabalho permanece sólido, porém com tendência de queda. O índice de confiança do consumidor do Conference Board registrou não apenas um número abaixo do esperado, mas também uma queda em relação ao mês anterior, sinalizando uma desaceleração nos gastos do consumidor, o que poderá ter impacto na atividade econômica.

Na China, dados do índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial atingiram 49,0 indicando um encolhimento da atividade industrial. O PMI não industrial também mostrou queda e atingiu 50,4. Com isso, o PMI composto chegou a 50,2, mostrando uma atividade fracamente expansionista. Ainda nos dados internacionais, a Zona do Euro mostrou uma expansão do PIB acima do esperado e cresceu 0,4% em relação ao trimestre anterior, acima do consenso e da expansão de 0,2% registrada no último trimestre. Porém, as perspectivas para região continuam negativas.

Nos EUA, o presidente Donald Trump reduziu as tarifas sobre autopeças e retirou a sobreposição de taxas sobre veículos, uma medida interpretada como positiva pelo mercado. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,65% (-4,2bps), enquanto os de dez anos em 4,18% (-3,3bps).

Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,4%) e caminham para sua sétima alta consecutiva, em meio à temporada intensa de balanços. UBS superou expectativas, enquanto Stellantis suspendeu guidance diante das incertezas geradas pelas tarifas dos EUA. Trump assinou ordem executiva suavizando tarifas sobre automóveis importados.

Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: +0,5%; CSI 300: -0,1%), com otimismo sobre negociações regionais e após a atividade industrial chinesa cair mais que o esperado em abril, entrando em território contracionista.

IBOVESPA +0,05% | 135,039 Pontos.    CÂMBIO -0,27% | 5,63/USD

Ibovespa

Na terça-feira, o Ibovespa encerrou o pregão com leve alta de 0,1%, aos 135.093 pontos. Nos Estados Unidos, os dados de abertura de vagas de emprego do relatório Jolts vieram abaixo das expectativas do mercado, potencialmente sinalizando uma desaceleração da atividade econômica por lá e impulsionando uma queda nos rendimentos das Treasuries. O principal foco da semana segue sendo o relatório de empregos (nonfarm payroll) de abril, que será divulgado na sexta-feira.

Entre os destaques positivos do dia na Bolsa brasileira, Prio (PRIO3, +2,5%) avançou mesmo em meio a uma queda no preço do petróleo (Brent, -2,4%), após ter seu preço-alvo elevado por um banco de investimentos. Na ponta negativa, Caixa Seguridade (CXSE3, -4,2%) recuou após outro banco rebaixar a recomendação do papel de Compra para Neutro.

Na agenda do dia, o destaque da agenda doméstica será a divulgação dos dados de mercado de trabalho do Caged e da Pnad Contínua, ambos referentes a março. Nos EUA, o foco estará no relatório ADP de abril e no deflator PCE de março, o indicador de inflação preferido pelo Federal Reserve. Além disso, nesta quarta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, completa 100 dias de seu segundo mandato. O que mudou? Assista à análise dos nossos especialistas, a partir das 14h, no YouTube da XP.

Pela temporada de resultados do 1T25, serão divulgados os balanços de Irani, Santander e WEG no Brasil. Pela temporada internacional, os destaques serão ArcelorMittal, Caterpillar, Meta, Microsoft, Santander e TotalEnergies.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com abertura nos vértices curtos e intermediários, e fechamento nos vencimentos longos da curva. No Brasil, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que a dinâmica inflacionária ainda representa um desafio, sustentando a extensão do ciclo de aperto monetário. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,69% (+3,5bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,95% (+4,4bps); DI jan/29 em 13,64% (+2bps); e DI jan/31 em 13,91% (-2,3bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira com alta de 0,19%, marcando sua décima terceira valorização consecutiva após as quedas registradas no início do mês. Com esse desempenho, o índice está a apenas 0,7% de atingir sua máxima histórica de 3.424 pontos, alcançada em abril de 2024. Tanto os Fundos de Tijolos quanto os FIIs de Papel apresentaram resultados positivos na sessão, com valorizações médias de 0,16% e 0,20%, respectivamente. Entre os destaques positivos ficaram SPXS11 (+3,0%), BCIA11 (+2,7%) e RBRL11 (+2,3%). Por outro lado, entre os destaques negativos, figuraram BLMG11 (-4,4%), BTRA11 (-2,3%) e PATL11 (-1,9%).

No Brasil, o governo central registrou superávit de R$ 1,1 bilhão em março. O resultado, embora positivo, acende alguns alertas, já que a receita líquida continua desacelerando e a despesa, embora tenha mostrado crescimento negativo, segue pressionada por benefícios previdenciários e assistenciais.

Na agenda do dia, destaque para a divulgação do PIB do primeiro trimestre nos Estados Unidos, que deve mostrar uma desaceleração e crescer 0,2% em relação ao trimestre anterior. Também teremos a leitura do deflator do PCE (em conjunto com a do PIB) e o relatório ADP de empregos no setor privado de abril.

No Brasil, destaque para as pesquisas de emprego da Pnad continua, com expectativa de alta da taxa de desocupação de 6,8% para 6,9%, e do Caged, com nossa projeção indicando a criação de 195 mil novas vagas em março. Por fim, dados do setor público devem mostrar um superávit de R$ 3,4 bilhões em março.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)