É tempo de match!

(Brasília-DF) A semana começa logo com o Dia de Santo Antônio para nos brindar, sem esquecer que tivemos um final de semana daqueles!

Neste domingo do Dia dos Namorados observamos vários “matches”, para usar o termo em inglês que tanto sucesso faz hoje entre os mais jovens. Se por um lado seria marcação, pode ser ponto de união e encontro. Você aí vê possibilidade de “matches” entre figuras e instituições tão diferentes como Joe Biden e Jair Bolsonaro, Simone Tebet e Ciro Gomes ou entre Ministério da Defesa e Tribunal Superior Eleitoral?

Difícil crer! Vamos com esses, mas poderiam ser outros. Vamos de momento. O encontro de Joe Biden com Jair Bolsonaro foi uma forçação(sic) de barra que interessava aos dois. Biden querendo salvar seu “Cúpula das Américas” e Bolsonaro querendo deixar de ser um pária internacional. Muito rumores sobre a conversa entre os dois, que durou quase uma hora. Bolsonaro saiu dizendo que foi sensacional e Biden em nada falar, mas seu Departamento de Estado fracionando alguma coisa! Foi melhor para Bolsonaro, sem duvida.

Mas o que veio depois na agenda na Florida não foi nada bom, a não ser para o seu público fiel, ultra radical, que ele alimenta com nacos de carne crua.

Estou sabendo que o presidente do Cidadania, Roberto Freire - que foi um dos primeiros a bancar Simone Tebet para compor com o PSDB, ele que também entende bem de Ciro Gomes, pois no antigo PPS que o ex-governador do Ceará aportou depois que saiu do PSDB – está dando uma de morubixaba!  Ele quer aproximar a senadora do MDB ao pedetista. A tese não parece ruim, mas de teses o mundo está cheio! Assim como de boas intenções. No final de semana Tebet disse em entrevista ao Estadão que os dois estão do lado certo da história.

Tebet é do MDB, partido que Ciro Gomes mais esfolava em sua retorica antes de se voltar para Bolsonaro e Lula, notadamente.  Mas para nem quer carne, nem peixe não custa sonhar. Se vai juntar, não se sabe!

A tal “Considerações das Forças Armadas às Respostas do TSE” não tem nada de uma carta de amor, muito pelo contrário. O documento assinado pelo ministro Paulo Sérgio de Oliveira com 21 pontos, ele que é um empregado de Bolsonaro e não um chefe de poder, além de ser uma dor de cotovelo pois se dizia quase um maltratado parecia querer dar ordens onde não pode.

Falava em defender que as eleições fossem bem cuidadas, como se algum risco houvesse ou que a sociedade tivesse dúvidas que será.

O TSE não acusou o golpe e nem passou recibo, disse que iria atentar ao documento ,mas que a fiscalização cabe ao partidos políticos e lembrou, como já tinha informado antes em documento, que o tempo para ajuste já passou. Depois o minitro Fachin, mandou divulgar que das 15 proposta feitas pelas Forças Armadas, 10 tinham sido atendidas, no todo ou em parte e que o resto poderia ser usado no futuro.

Santo Antônio é uma santidade da Igreja Católica bem “cool”. Vivemos uma época em que os novos poderosos adoram os evangélicos, que estão em moda, mas todos tem quem engolir a força cultural de Santo Antônio e sua imagética figura, que vai além do religioso.

Se você não lembra, as festas juninas, desde muito tempo, são um tempo de comemorar a fartura da lavoura de primavera-verão no Hemisfério Norte e outonal no nosso Hemisfério Sul. Infelizmente, estamos em tempo de carestia! Mais um momento de rogar por Santo Antônio! É tempo de match, mesmo os mais improváveis!

Por Genésio Araújo Jr, é jornalista

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