Não se faz mais janeiros como antigamente!
O mês de janeiro mal passou de sua metade e cabe a gente se perguntar se algumas coisas serão lembradas durante o ano
(Brasília-DF) Aqui na Capital do Poder(sic) se costuma dizer que tudo o que acontece durante o recesso parlamentar, especialmente durante o mês de janeiro, não tem importância nenhuma para o resto do ano.
Alguém já disse que é como nascessem belas(ou horríveis!) flores que se espalham pela cidade, que todo mundo comenta, mas que logo morrem, depois ninguém lembra nem a cor das inusitadas.
O mês de janeiro mal passou de sua metade e cabe a gente se perguntar se algumas coisas serão lembradas durante o ano.
A chuvarada que assola o Brasil do sudeste para cima, especialmente, teve destaque logo no início na Bahia, terra onde nasceu o Brasil. Muita gente desalojada e desabrigada, gente morta, grande impacto em cidades centenárias. A boa prática mandava os poderosos serem solidários. O presidente Jair Bolsonaro preferiu continuar em suas férias nas belas praias de Santa Catarina. Fazia questão de mostrar sua satisfação nas longas férias que se iniciaram antes do Natal.
A terceira onda, quarta onda para outros, da pandemia do covid-19 começou se destacando nos Estados Unidos e depois na Europa. Teve semana que chegamos a 3 milhões de infectados. Aqui no Brasil, a tal variante Ômicron, aquela que pouco mata mas tortura, se juntou a um surto de Influenza(A3N3), que fora de época surgiu com nova variante, também. No final de semana, teve dia que se chegou perto de 100 mil infectados. Ainda bem que o brasileiro gosta de se vacinar.
A forma como o presidente Jair Bolsonaro e seu Ministério da Saúde se comportaram quando se tratava da vacinação, autorizada pela Anvisa, para crianças de 5 a 11 anos chamou atenção. O Ministério da Saúde montou uma inédita Audiência Pública para saber se queria ou não vacinar suas crianças. Depois que o óbvio se estabeleceu, tanto o presidente como seu ministro Marcelo Queiroga salientaram que seriam destacados os casos em que se vissem efeitos danosos. Mais adiante, para surpresa de muitos, o governo passou a correr atrás de mais vacinas pediátrica contra o covid-19 para tentar vacinar essa população até março. Talvez com receio da Anvisa autorizar a coronaVac pediátrica, aquela que é produzida pelo Butantan, do Governo de São Paulo.
O presidente Jair Bolsoanro baixou decreto dando poderes para o Ministério da Economia realizar o Orçamento de 2022, porém estabelecendo que tudo só poderá ser realizado com a aquiescência do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
As Nações Unidas através do seu estudo “World Economic Situation Prospects” mostrou que o mundo vai crescer menos em 2022, com média de 4% do PIB. O problema é que na América do Sul se deverá crescer 1,9% e o Brasil vai ficar com 0,5% de crescimento do PIB em 2022. Detalhe: nós vamos ser o país que menos vai crescer não só no G-20, mas um dos que menos vai crescer em todo o Planeta!
O PT de Lula se comporta como já tivesse ganhado as eleições presidenciais e não dá bola para caminhar para teses que vão além de seus apaixonados!
Bahia, nova onda de Covid, vacinação de crianças, Ciro Nogueira( centrão) poderosíssimo, economia ruim, PT de sapato alto!
Não sei se essas flores(quase todas muito feias, horrendas) ao final de janeiro vão secar, morrer, deixarão de existir, deixarão de ser lembradas! São adventos do mês de janeiro.
Se costumava dizer que nada se lembrava de janeiro pois vinha em seguida o Reinado de Momo, onde a regra é não levar nada a sério, mesmo. Ao que se sabe, o Reinado de Momo não se instalará e não veremos ninguém entregando chave da cidade a um pançudo alegre com uma bela moça ao lado!
De fato, não se faz mais janeiros como antigamente!
Por Genésio Araújo Jr, de Brasília
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