LAVA JATO: Frederick Wassef, dentro do E$quema S, teve denúncia aceita e vira réu; Wassef ex-advogado da família Bolsonaro ficou famoso por “guardar” Fabrício Queiróz
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( Publicada originalmente às 16h00 do dia 30/09/2020)
(Brasília-DF, 01/10/2020) A Lava Jato não pára de fazer estragos. Ontem, 29, teve mais denúncias, em SP, contra ex-autoridades e empresários que fizeram supostos atos criminosos em governo tucanos, hoje, 30, no Rio de Janeiro, teve gente que já advogou para família Bolsonaro.
A 7a Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro acatou denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra os advogados Frederick Wassef, Luiza Nagib Eluf e Marcia Carina Castelo Branco Zampiron, o ex-presidente do Sesc/RJ Orlando Diniz e o empresário Marcelo Cazzo. Com a decisão da juíza federal substituta Caroline Vieira Figueiredo, tornam-se réus outros cinco acusados pela Força-tarefa Lava Jato a partir da Operação E$quema S (uma primeira ação penal contra 26 pessoas tramita na mesma Vara). Frederick Wassef ficou famoso na época em que advogava para a Família Bolsonaro e manteve em seu imóvel em São Paulo o ex-assessor dos Bolsonaro, Fabrício Queiróz, oportunidade em que este foi preso por obstruir a Justiça no caso das "rachadinhas".
O MPF, na denúnia, narra a prática de peculato e lavagem de dinheiro envolvendo R$ 4,6 milhões desviados das seções fluminenses do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), entre dezembro de 2016 e maio de 2017, sob o manto de uma prestação de serviços advocatícios à Fecomércio/RJ. Além do peculato cometido, a Lava Jato/RJ cita três conjuntos de fatos para acusar os cinco por lavagem de ativos.
A decisão favorável ao recebimento da denúncia foi atribuído pela juíza à existência de um amplo conjunto de provas, que inclui análises da Receita Federal sobre movimentações reveladas a partir da quebra judicial de sigilos bancários, elementos obtidos na Operação Zelotes e compartilhados pela 10ª Vara Federal/DF, material arrecadado pela Polícia Federal a partir de buscas e apreensões, além de declarações de um dos réus, o colaborador Orlando Diniz.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)