BRASIL X EUA: Após questionamento de Esperidião Amin, ministro Araújo afirma que se Joe Biden ganhar nos EUA, Brasil manterá posição “pró-vida” e contra o aborto
Catarinense disse que ficou satisfeito com o esclarecimento prestado pelo ministro das Relações Exteriores de que a presença de Mike Pompeo no Brasil na fronteira com a Venezuela ocorreu dentro de uma perspectiva de defesa dos direitos humanos
( Publicada originalmente às 13h 50 do dia 24/09/2020)
(Brasília-DF, 25/09/2.020) Após ser questionado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) se o governo brasileiro manteria o mesmo alinhamento com que o país mantém atualmente com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, em caso de vitória do candidato John Biden, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que se os democratas ganharem as eleições naquele país, o Brasil manterá sua posição “pró-vida” e contra o aborto, provavelmente diferente da posição adotada atualmente pelo governo dos Estados Unidos (EUA).
O senador catarinense disse que ficou completamente satisfeito com o esclarecimento prestado pelo chanceler brasileiro de que a presença do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, no Brasil na fronteira com a Venezuela, na última semana, ocorreu dentro de uma perspectiva de defesa dos direitos humanos. E que a fala dele, “a gente vai tirar essa pessoa [Nicolás Maduro, presidente da Venezuela]” foi divulgada com um erro de tradução.
“O governo Trump tem uma posição pró-vida em organismos internacionais, que é uma posição coincidente com a do nosso governo, porque achamos que é a posição da grande maioria do povo brasileiro, pró-vida. Provavelmente, um governo democrata teria uma posição diferente, não teria esse mesmo engajamento contra, digamos, um direito universal ao aborto ou coisa desse tipo nos organismos internacionais. Nós não nos alinharemos com os Estados Unidos nisso, porque nós continuaríamos crendo que não deve haver uma espécie de direito universal ao aborto, continuaremos com a posição pró-vida nos organismos internacionais. Acho que isso responde basicamente”, falou o ministro.
“Eu quero cumprimentar sinceramente o ministro; cumprimentá-lo por ter elucidado a razão imediata deste convite. O próprio depoimento, muito mais do que indagações do Senador Telmário Mota se encarregou de contribuir para a elucidação do motivo do convite. O motivo do convite era em cascata, tinha como topo a frase: ‘Vamos tirá-lo de lá’. E esta frase restou aparentemente comprovado, aos meus olhos comprovado, que não foi proferida”, comentou o senador progressista de Santa Catarina.
(por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)