Tem preocupações mais urgentes!
Muito certamente em nenhum dos grandes países do chamado G-20, que se tem notícia, se está voltado mais para um problema político que para o enfrentamento do covid-19
(Brasília-DF) O planeta vive uma confusão sem tamanho. Já morreram, números deste domingo, 26, um total de 204 mil pessoas pelo covid-19. Nos Estados Unidos, já se foram 54 mil mortes. Aqui no Brasil, já tem estado com seus sistema de saúde no limite para atendimento com UTI e respiradores.
Por incrível que pareça, nesses dias, só se fala do entre e sai de ministro, possíveis( infelizmente, esperados) mal feitos com os recursos públicos para enfrentar o covid-19, e o rompimento Sérgio Moro com Jair Bolsonaro.
É muita confusão. Para se medir o tamanho disso tudo, lembro que no dia 16 de abril o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, deixava o posto demitido pelo Presidente Jair Bolsonaro. No 17 de abril, Nélson Teich assumia o Ministério da Saúde. No dia 19 de abril, o presidente Jair Bolsonaro foi a um evento carreata à porta do Quartel General do Exército Brasileiro, aqui em Brasília, com o triste episódio de vermos brasileiros pedindo intervenção militar com AI-5 e Bolsonaro Presidente. Nessa sexta-feira, 24, houve a famosa fala de 40 minutos de Moro, que revelou possíveis crimes cometidos pelo Presidente da República assim como a forte acusação de que o chefe de governo queria controlar investigação da Polícia Federal.
Muito certamente em nenhum dos grandes países do chamado G-20, que se tem notícia, se está voltado mais para um problema político que para o enfrentamento do covid-19.
Em muito locais do Brasil, o novo coronavirus não faz tanto estrago assim, mas não se sabe se o Presidente Jair Bolsonaro tenha ligado para os administradores, governadores ou figuras símbolos dessas comunidades para se solidarizar com o sofrimento dessas sociedades.
O Presidente Jair Bolsonaro, sempre muito presente nas redes sociais, desde o dia 23 não faz uma postagem sequer sobre o novo coronavirus. Quase nunca ele se condoe com as pessoas. Destaque-se que no meio disse tudo tivemos nosso recorde de mortos. Neste domingo ficou confirmado mais de 60 mil casos no país e mais de 4 mil mortos.
Nesse sábado, o Papa Francisco ligou para o Arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, para se solidar e perguntar como estão as coisas, mas o nosso Presidente só se preocupa com a brigalhada.
Cada um tem a prioridade que acha melhor, essa é a vida, mas as nossas autoridades tem obrigações representativas.
Estamos chegando a última semana de abril, um mês que não vai sair de nossa memória quando formos falar do ano de 2020.
Avalio que vai se difícil encontrarmos a devida preocupação que deveríamos ver, pois a urgência do poder, infelizmente, é outra. Nesta semana, além dos problemas sanitários com o covid-19 o Brasil espera que os poderes constituídos encontrem uma solução para os efeitos da pandemia na economia dos estados e municípios. Não se vive na União, a Capital Federal é uma coisa, a vida de todos é outra.
Devemos ver muita movimentação tanto na Câmara, Senado como no Supremo Tribunal Federal com o que vimos no caso Moro-Bolsonaro.
Os casos que saem da rota normal, se assim pode dizer, parecem já terem sido suficientes, mas com o Brasil na tocada que está tudo é possível.
O avanço do covid-19 nos mais populosos estados poderá ser esse fato novo. A cidade de São Paulo está em luto pelos seus muitos mortos. Vamos torcer que isso não se repita e que outras grandes cidades não tenham que fazer o mesmo.
Que nosso poderosos se voltem para aquilo que importa.
Por Genésio Araújo Jr, jornalista
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