O jogo não para!
Tudo isso se deve a onda de fatos que estão surgindo nesses primeiros dias de janeiro que estão expondo o Governo Federal( e Eduardo Cunha!) a partir dos vazamentos da Operação Lava Jato
(Brasília-DF) Aqui, em Brasília, durante o período em que a cidade tira férias do poder, com a suspensão das atividades no Congresso Nacional, o recesso no Judiciário e as férias de diversos ministros de Estado faz com que surjam pretenciosos(?!) fatos - verdadeiros e falsos.
Passamos a chamar isso de flores do recesso, numa alusão àquelas rosáceas e afins que nos encantam quando em viço e depois de algum tempo murcham, enfeiam-se. São fatos que surgem no recesso mas que não se mantém em pé quando todos retornam à labuta do poder a todo pano, navegando nas já tradicionais águas tortuosas em que a cada momento surgem novos ventos e novas tempestades.
Tudo isso se deve a onda de fatos que estão surgindo nesses primeiros dias de janeiro que estão expondo o Governo Federal( e Eduardo Cunha!) a partir dos vazamentos da Operação Lava Jato. O que chama mais atenção é a carga contra o ministro chefe da Casa Civil, Jaques Wagner. Neste mesmo espaço, na semana passada, destacamos a importância do político de formação judia nascido no Rio de Janeiro, mas absolutamente baiano no fazer política.
Pessoas ligadas a ele garantem que ele está bem, consciente de seu papel, não tem sido cobrado pela Presidenta da República, que nesses dias ficou encantada com a lufada de frescor que a vida ganhou com a chegada de mais um neto, qual inundou as redes sociais com boas imagens da chefe de governo. É verdade que apesar de negar que esteja contrito e constrangido, fontes garantes que ficou emocionado com palavras de apoio vindas de alguns colegas ministros, como de Edinho Silva, também, enfronhado na Lava Jato.
Jaques Wagner é citado como recebedor de favores e por ter, supostamente, concedido favores aos empreiteiros. No caso em destaque, que envolve o ex-presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, assim como na delação de Néstor Cerveró, ambos condenados na Lava Jato, Wagner está esgrimindo sem acusar as estocadas. É bom que se destaque que isso pode ganhar mais corpo com vazamento de mais delações, como a do presidente da Andrade Guitierrez, Otávio Marques de Azevedo. O sufoco não passará.
Em verdade, Jaques Wagner tem feito algumas coisas que poucos conseguiram no posto onde está. Toda a imprensa tem acesso a suas posições. Não existe mais na Casa Civil, o bloqueio a este ou aquele. Todos são informados no limite do jogo. Wagner falou sobre as falhas do Governo no primeiro mandato Dilma como ninguém no Governo ousou falar; é bom que se diga que foi o último a largar Joaquim Levy, e falou, para tormento de alguns setores, que o Governo não tinha coelho na cartola, num alerta a segmentos que adoram uma mamata, nada falam do Governo quando recebem e bombardeiam negativamente quando o mesmo está com o motor piando.
Wagner não quer assumir alguma perseguição, até porque sabia da maldição da Casa Civil durante os governos petistas, mas ele tem pleno entendimento que as dificuldades serão grandes pois a pressão será pantagruélica; sua expiação será a que o Governo precisa para sobreviver neste primeiro semestre de 2016. Ele sabe que se pular essas fogueiras poderá ficar até mais forte que a própria Presidenta Dilma! O jogo não para!
Boa semana a todos!
Por Genésio Araújo Jr, jornalista
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