Jornalistas são fuzilados e decapitados
Salários baixos e o risco de vida nos grotões
A vida de jornalista ou radialista é um desafio constante.
De um lado, a busca diária pela notícia. De outro, a luta em sobreviver com salários pequenos e, em muitos casos, a convivência com a exploração da mão de obra.
Essa profissão de comunicador muito se parece com a de jogador de futebol. Poucos ganham bem, alcançam a fama e sobra prestígio. E muitos, mas muitos mesmo, exercem a profissão em condições quase insalubres.
Jogadores e comunicadores tem papel importantes em suas comunidades. É mais uma característica que une essas duas atividades.
O que divide as profissões é o risco de vida, que faz parte do dia a dia do comunicador. E a ameaça, quase sempre, existe nos grotões.
Dois colegas foram mortos nos últimos cinco dias. Ambos tinham como marca a batalha diária pela sobrevivência. E conviviam com denúncias e ameaças.
Evany José Metzker foi decapitado na cidade de Padre Paraíso, em Minas. Djalma Santos da Conceição teve a língua cortada e o olho arrancado. Levou 15 tiros em Timbó, na cidade de Conceição de Feira, na Bahia.
Entre 2011 e 2014, foram mortos 12 jornalistas. Havia cinco casos de jornalistas mortos "em circunstâncias obscuras", ainda investigadas, segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
Está na hora das entidades de classe defender seus representados. Não bastam apenas notas. Esta ação contra a liberdade de imprensa e de expressão deve ser constante. Não podemos deixar de nos indignar.