Nordeste e Investimentos.
Nordeste teria avançado 10 por cento na captação junto ao BNDES; Desembolsos do banco crescem 18,2 por cento no terceiro trimestre do ano e atingem R$ 31,1 bilhões.
( Brasília-DF, 05/10/2006) Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cresceram 18,2% entre julho e setembro deste ano em relação a igual trimestre de 2005. O resultado revela tendência de expansão ao longo do ano, iniciado com uma queda de 28,4% no primeiro trimestre, revertida nos meses entre abril e junho, quando os desembolsos aumentaram 8,8% na comparação com o mesmo período de 2005. Com isso, as liberações do BNDES nos nove primeiros meses de 2006, de R$ 31,4 bilhões, ficaram ligeiramente superiores ao patamar registrado entre janeiro e setembro de 2005.
Os fatores conjunturais que afetaram negativamente o desempenho do BNDES no início do ano começam a dar lugar a um ambiente mais favorável, que deverá resultar em crescimento dos desembolsos nos próximos trimestres. Entre esses fatores está a recuperação da produção industrial a partir de dezembro de 2005, com alta de 3,9% até agosto, e a redução da TJLP de 9,75% em 2005 para 6,85 % no quarto trimestre deste ano, aliada à queda dos spreads médios do Banco, resultante das novas políticas operacionais do BNDES e de alguns novos programas recentemente adotados.
Perfil de desembolsos - Por categoria, o maior crescimento nas liberações do Banco, este ano, ocorreu na indústria, com desembolsos de R$ 16,5 bilhões, resultando em uma alta de 10,18% em relação aos nove primeiros meses de 2005. As atividades de comércio e serviços também apresentaram bom desempenho, com alta de 5,97%, e desembolsos de R$ 1,88 bilhão.
As liberações para Infra-estrutura e agropecuária caíram no período, respectivamente 8,82% (R$ 10,4 bilhões) e 21,53% (R$ 2,3 bilhões). Apesar disso, operações já em fase final de aprovação devem elevar substancialmente os desembolsos para infra-estrutura no quarto trimestre de 2006.
Os desembolsos para exportação cresceram 27,98% nos nove primeiros meses do ano em relação a igual período do ano passado, somando US$ 4,267 bilhões, com destaque para as liberações destinadas às exportações do setor agropecuário, que tiveram expansão de 109,79% ante igual período do ano passado. Os financiamentos para exportação da indústria aumentaram 36,28%, influenciados pelo bom desempenho da agroindústria, com alta de 214,7%.
Aprovações - As aprovações, no ano, até setembro, cresceram 30,65%, totalizando R$ 45,6 bilhões. Os destaques ficaram no setor de comércio e serviços (R$ 4 bilhões), com alta de 102,78%, e indústria (R$ 28,2 bilhões), com aumento de 67,41%. Já o volume de projetos aprovados para infra-estrutura (R$ 10,6 bilhões) caiu 19,36% e para agropecuária (R$ 2,7 bilhões) a queda foi de 6,13%. Os enquadramentos e as consultas apresentam um crescimento acumulado de 8% no ano, cada um.
Região - Os desembolsos para a região Nordeste nos nove primeiros meses do ano aumentaram sua participação no total liberado em relação ao mesmo período do ano passado. O Nordeste recebeu 10% (R$ 3 bilhões), ante os 8% de
Agentes - O Bradesco foi o agente financeiro que mais repassou recursos do BNDES entre janeiro e setembro deste ano, somando R$ 3,6 bilhões, sendo 43,1% (R$ 1,5 bilhão) destinado às micro, pequena e média empresas (MPMEs). O Banco do Brasil ficou com a segunda colocação, repassando R$ 2,1 bilhões, dos quais 24,7% para as MPMEs). O terceiro lugar ficou com o Unibanco, com R$ 1,8 bilhão (13,8% para as MPMEs).
( da redação com informações do BNDES)