31 de julho de 2025

Nordeste e Comércio

Maranhão foi destaque no aumento das vendas, segundo IBGE; Vendas do comércio crescem 0,59 por cento em maio, e receita tem aumento de 0,38 por cento.

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( Brasília-DF, 18/07/2006)   O IBGE divulgou agora pouco sua mais nova pesquisa sobre comércio que revelam que no Nordeste o Estado do Maranhão e depois o Piauí, tidos e havidos como referências negativas em quase tudo na região, estão se destacando no comércio, apesar de ser o Estado da Bahia o que mais contribui para o entendimento do setor no Brasil.    Variações positivas são em relação a abril, na série com ajuste sazonal. Nas demais comparações (sem ajuste), as taxas para o volume de vendas foram de 7,32%% sobre maio de 2005; 6,00%% no acumulado do ano; e de 5,44%% no acumulado dos últimos 12 meses. Já a receita nominal teve crescimento de 8,24%% em relação a maio do ano passado; 8,10%% em 2006; e 8,73%% nos últimos 12 meses.

 

 

A variação de 0,59%% no volume de vendas em maio indica a manutenção do crescimento dos negócios do varejo em relação a abril. Mas, ainda na análise da série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor, somente Móveis e eletrodomésticos teve resultado positivo (5,61%%). As demais atividades apresentaram as seguintes variações: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, -0,40%%; Tecidos, vestuário e calçados, -0,09%%; e Combustíveis e lubrificantes, -0,62%%. O segmento Veículos, motos, partes e peças, que faz parte do comércio varejista ampliado, cresceu 3,47%% sobre abril.

 

 

Na relação maio 2006/ maio 2005 (sem ajuste sazonal), sete das oito atividades do varejo registraram aumento no volume de vendas, cujas taxas, por ordem de importância no resultado global, se estabeleceram em 7,36%% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 14,97%% para Móveis e eletrodomésticos; 19,02%% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 9,26%% para Tecidos, vestuário e calçados; 44,55%% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; 5,50%% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 4,91%% para Livros, jornais, revistas e papelaria; e -11,92%% para Combustíveis e lubrificantes.

 

 

O crescimento de 7,36%% nas vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo é justificado pelo aumento de 7,70%% no rendimento médio real em relação a maio de2005, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), motivado pelo reajuste do salário mínimo, além da melhora nos níveis de ocupação. Por ser esse o segmento de maior peso na estrutura da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), ele é determinante na formação da taxa global do setor, respondendo por quase metade do resultado do varejo. O volume de vendas acumulado nos cinco primeiros meses deste ano cresceu 7,40%% em relação a igual período de 2005 e, no acumulado dos últimos 12 meses, 4,72%%.

 

 

O comportamento de Móveis e eletrodomésticos, segundo maior impacto em maio (variação de 14,97%% no volume de vendas), é explicado basicamente pela continuidade de condições favoráveis de crédito ao consumo e dos empréstimos consignados em folha de pagamento. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2006 sobre igual período do ano anterior, o aumento atingiu 10,29%%; e, nos últimos 12 meses, a variação foi da ordem de 12,57%%.

 

 

A variação de 19,02%% para as vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, terceiro maior impacto em maio, deve-se provavelmente ao reajuste do salário mínimo, uma vez que a atividade engloba lojas de departamento e uma variedade de outros produtos sensíveis à renda. As taxas de crescimento foram de 15,29%% e de 15,65%% no ano e nos últimos 12 meses respectivamente.

 

 

Quarto maior impacto no resultado do varejo em maio, o segmento de Tecidos, vestuário e calçados teve no mês a maior taxa de variação desde outubro de 2005 (9,26%%). Contribuiu para o resultado o Dia das Mães, facilitado pelo aumento do rendimento médio do trabalho e pelas condições favoráveis de crédito. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2006 sobre igual período do ano anterior, o aumento atingiu 4,25%%; e, nos últimos 12 meses, a variação foi da ordem 6,60%%.

 

 

A atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (crescimento de 44,55%% no volume de vendas), além de influenciada pela valorização do Real, conta com a melhoria nos níveis de emprego e rendimento. Em termos de resultados acumulados no ano e em 12 meses, as taxas são as seguintes: 43,64%% e de 55,94%% respectivamente.

 

 

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, sexto maior impacto na taxa global do varejo (5,50%%), cresceu 4,90%% neste ano e 6,96%% nos últimos 12 meses. Ainda na comparação maio 06/ maio 05, a atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria (variação de 4,91%% no volume de vendas) teve pouca influência no resultado final do varejo. No acumulado no ano, houve um pequeno crescimento de 0,49%%; e, nos últimos 12 meses, variação de 0,83%%.

 

 

Apresentou resultado negativo no volume de vendas, na relação maio 2006/ maio 2005, a atividade de Combustíveis e lubrificantes (-11,92%%). As variações foram de -9,54 e -8,52%%, respectivamente, para o acumulado do ano e dos últimos 12 meses.

 

 

 

 

No corte regional, 26 dos 27 estados tiveram resultados positivos no volume de vendas em relação a maio de 2005, com as maiores variações em Roraima (37,55%%), Tocantins (27,07%%), Amapá (24,57%%), Acre (23,69%%) e Maranhão (23,15%%). A única queda ocorreu em Mato Grosso (-14,12%%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo, os destaques, pela ordem, foram São Paulo (5,25%%), Minas Gerais (13,61%%), Rio de Janeiro (9,10%%), Bahia (9,67%%) e Paraná (5,62%%).

 

 

Os resultados com ajuste sazonal para as vendas apontam, em relação a maio de 2005, o seguinte quadro: 23 estados com variações positivas e 4 com queda. Os maiores acréscimos ocorreram em Tocantins (14,04%%), Amapá (8,07%%), Sergipe (7,73%%) e Acre (4,97%%). Houve reduções em Mato Grosso (-2,17%%), Bahia (-1,03%%), Rio Grande do Sul (-1,00%%) e Santa Catarina (-0,06%%). 

 

 

Para o comércio varejista ampliado (varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção), as variações em relação a maio de 2005 foram de 8,57%% para o volume de vendas e de 10,17%% na receita nominal. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o setor cresceu, respectivamente, 4,59%% e 3,54%% para o volume de vendas e 6,99%% e 7,39%% para a receita.

 

 

Veículos, motos, partes e peças apresentou crescimento de 12,48%% nas vendas na comparação mensal. Nos acumulados do ano e dos últimos 12 meses, as variações foram de 2,98%% e 1,38%% respectivamente. Já o segmento de Material de construção voltou a ter resultado mensal positivo (3,52%% sobre maio de 2005). Em termos acumulados, porém, as taxas foram de -1,80%% no ano e de -4,90%% para os últimos 12 meses.

 

 

Ainda em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas ocorreram no Maranhão (33,87%%), Amapá (30,94%%), Acre (29,12%%), Piauí (26,25%%) e Roraima (23,02%%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (5,33%%), Minas Gerais (13,81%%), Rio de Janeiro (8,86%%), Bahia (13,92%%) e Paraná (7,49%%).

 

 

( da redação com informações do IBGE)