BAHIA

Bahia/Maranhão. ( Brasília-DF,02/03/2005) O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), protestou nesta quarta-feira (2) contra declarações feitas pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Edson Vidigal, sobre a possível abertura de processo contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista a uma emissora de televisão, Vidigal disse não identificar nenhum crime nas declarações feitas por Lula na semana passada em Vitória, quando o presidente afirmou ter recomendado a um "alto companheiro" silenciar sobre supostos casos de corrupção do período de governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo Vidigal, haveria interesse em "botar farofa nessa história". Na opinião de Antonio Carlos, o presidente do STJ estaria se intrometendo em assunto do Congresso Nacional, ao dizer que não cabe voto de censura nesse caso. Ao contrário, observou ele no início da reunião da comissão, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, teria mantido posição mais isenta, ao anunciar que estudaria o assunto. - Severino, que é político, agiu como um juiz. E Vidigal, que é um juiz, procedeu como um político - comparou. O senador Almeida Lima (PSDB-SE) solidarizou-se com Antonio Carlos e recordou que uma das principais características da República é a tripartição dos poderes. Se um juiz estiver insatisfeito com a sua profissão, recomendou, "que se afaste e venha exercer a política". ( da redação com informações da Agência Câmara)