Maranhão.
Mesmo sendo o maior no Nordeste em gado bovino, Estado não pode exportar; Maranhão poderá passar para situação de médio risco com relação a aftosa.
( Brasília-DF,15/09/2004) O Maranhão vem a ser o dono do maior plantel de gado bovino do Nordeste, porém não pode engrossar as exportações de carne pois ainda é visto como de alto risco com a aftosa. O problema do Maranhão e de vários estados são as barreiras de sanidade animal que ainda não foram bem montadas em seus limites. O Maranhão já é um "emergente" em exportações no Nordete e junto com o Rio Grande do Norte forma os que mais cresceram no primeiro semestre.
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, vai visitar o Maranhão, para conhecer de perto a situação do Estado e analisar formas que permitam conceder o título de área de médio risco de aftosa. O ministro se comprometeu com o governador José Reinaldo Tavares, durante audiência, em Brasília, hoje. “Temos feito nossa parte e precisamos desse reconhecimento”, disse Tavares.
A data da viagem ainda não está definida. Mas, até o próximo encontro com o ministro, José Reinaldo vai preparar um documento, listando todas as ações adotadas no Estado para conseguir erradicar a doença. Entre elas, o Maranhão já investiu R$ 12 milhões de recursos próprios e mais R$ 1,1 milhão do Governo federal no combate à aftosa. No Estado foi criada, inclusive, a Agência de Defesa Agropecuária para atuar no setor.
Atualmente, o Ministério da Agricultura não pode conceder o título porque há registro de febre aftosa no interior do Pará, já na fronteira com o Amazonas, o que prejudicou o Maranhão a sair da zona de alto risco para a de médio risco. Em terras maranhenses, no entanto, não há registros da doença há mais de três anos. Já foi encaminhado documento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pedindo urgência para a resolução do problema da aftosa no Maranhão.
“Conseguir a declaração é muito importante para o desenvolvimento econômico do Estado”, ressaltou José Reinaldo. O rebanho maranhense soma cinco milhões de cabeças de gado e é o terceiro maior do País. Se conseguir ser considerado livre de aftosa poderá expandir a comercialização entrando no mercado externo.
( da redação com informações de assessoria)