Bancada do Nordeste e o Biodiesel.
Proposta criação de agência nacional para tratar do programa de biodiesel; Secretária do MME anuncia controle pela ANP.
(Brasília-DF,30/08/2004) O deputado Gervásio Oliveira (PDT-AP) propôs a criação de uma agência de pesquisa e de desenvolvimento para fomento à produção e pesquisa de biodiesel, principalmente nas pequenas comunidades e nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Esta agência, segundo ele, se responsabilizaria pela identificação dos investimentos na atividade, dos bancos de desenvolvimento como o BNDES ou internacionais. A secretária de Petróleo, Gás Natural e Energia Renováveis do MME, Maria das Graças Silva Foster, anunciou que todo o Governo vem trabalhando para modificar 14 portarias que darão condições para que a Agência Nacional do Petróleo , ANP, fiscalize o novo combustível.
O deputado ingressou com um projeto indicativo nesta semana respaldado pela Bancada da Amazônia, que já foi apresentado ao presidente Lula. O projeto dispõe sobre a produção e comercialização de biocombustíveis por pequenos produtores de até 30 mil litros por dia. Segundo ele, a norma vigente de maior importância na definição da estrutura de comercialização de combustíveis automotivos é a Portaria nº 116, de 5 de julho de 2000, expedida pela ANP, que estabelece os critérios para o exercício da atividade de revendedor varejista de combustíveis automotivos, inclusive o álcool combustível.
Segundo ele, a portaria visa promove a centralização das atividades de comercialização de combustíveis. O combustível só pode ser vendido no varejo por um posto revendedor, que, por sua vez, só pode adquirir o produto de empresas distribuidoras - observa o deputado. "Essa centralização pode até ser indicada para combustíveis derivados de petróleo, mas não vale mais para biocombustíveis", acrescenta.
Essa portaria faz com que o álcool hidratado produzido em uma cidade do interior tenha de ir para os tanques de armazenamento de uma distribuidora, em cidade muitas vezes distante - critica. Como exemplo, ele diz que uma cidade que produz álcool lá no interior do Nordeste tem de revender para uma distribuidora cuja sede, às vezes, fica
( da redação com informações de assessoria)