Nordeste e a Inflação.
IPCA-15 de junho ficou em 0,56% e IPCA-E do segundo trimestre fecha em 1,32%; No Nordeste, Fortaleza é a mais cara e Recife a mais barata.
( Brasília-DF,23/06/2004) O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,56% em junho, resultado próximo ao de maio (0,54%). No ano, o índice acumula taxa de 3,33% e, nos últimos doze meses, de 5,36%. Segundo os números do IBGE a cidade de Recife foi a segunda mais barata para viver em junho. No acumulado deste segundo trimestre de 2.004, a cidade de Fortaleza é a mais cara da região no IPCA-15 e Recife a mais barata.
Com aproximadamente 400.000 preços no cálculo, obtidos em 29.500 locais de compra pesquisados, a coleta do período de referência se estendeu do dia 13 de maio a 09 de junho. No período base, de 13 de abril a 12 de maio, também foram pesquisados 29.500 locais e cerca de 400.000 preços, conforme ocorre todos os meses.
Após a queda de 0,10% de maio, os alimentos subiram para 0,55% em junho. Cebola (34,49%) e tomate (30,14%), produtos com características sazonais e cuja oferta é muito influenciada pelo clima, apresentaram alta significativa. Além disso, o pão francês (1,24%) e o leite pasteurizado (4,97%) ficaram mais caros. Subiram, em conseqüência do leite, os preços do leite em pó (2,24%), queijo prato (2,21%) e outros derivados.
No álcool combustível (que passou de 1,20% para 5,20%), a alta foi decorrente de aumentos acentuados ocorridos especificamente em Brasília (4,88%), Porto Alegre (9,64%) e São Paulo (10,03%), onde os preços se encontravam defasados em relação às demais regiões. Quanto à gasolina (de –0,31% para 0,52%), a alta ainda é atribuída aos aumentos praticados nos preços do álcool. Observa-se que o reajuste da gasolina, concedido no dia 15, data posterior ao período de referência do índice, não teve, portanto, reflexo no índice de junho.
Outros produtos tiveram alta, como é o caso dos eletrodomésticos (de –0,13% para 1,14%) e dos serviços para conserto de automóveis (de –0,30% para 2,11%).
Em contraposição, os artigos de vestuário (de 1,47%)para 1,14%), embora com resultado relativamente alto, ficaram abaixo do registrado em maio. Também tiveram variações menores a energia elétrica (de 1,88%) para 0,28%) e os remédios (de 4,26%) para 0,50%. Já o preço do gás de cozinha (de 1,19% para –0,31% caiu.
Entre as regiões, o maior resultado ficou com Porto Alegre (0,92%, destacando-se a alta do álcool (9,64%) vestuário (2,32%) condomínio (2,20%) artigos de higiene (1.70%) energia elétrica (1,16%) gás de cozinha (1,09%)e alimentos (0,94%). Os menores índices foram registrados em Belém (-0,22%) e Recife (-0,13%).
O IPCA-E do segundo trimestre, que é formado pelo IPCA-15 acumulado, ficou em 1,32%. O resultado se refere a abril (0,21%), maio (0,54%) e junho (0,56%).
O IPCA-15 se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. O IPCA-15 é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA, que tem coleta de preços realizada ao longo do mês civil. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.
RESUMO DOS RESULTADOS (%)
ABRIL MAIO JUNHO ACUMULADO NO TRI
Rio de Janeiro........................-0,08................0,37....................0,59...................0,88
Porto Alegre...........................0,76................0,77....................0,92...................2,47
Belo Horizonte.......................0,45................0,97....................0,53...................1,96
Recife.....................................0,37 ...............0,39...................-0,13...................0,63
São Paulo...............................0,15................0,24.....................0,80...................1,19
Brasília...................................0,08................0,62.....................0,23 ..................0,93
Belém.....................................0,52................0,23....................-0,22...................0,53
Fortaleza................................0,13.................0,71.....................0,40 ..................1,24
Salvador.................................0,22................0,53.....................0,10 ...................0,85
Curitiba.................................-0,17................1,39.....................0,31...................1,53
Goiânia...................................0,36................0,85.....................0,72 ..................1,94
Geral.......................................0,2..................0,54.....................0,56 ...................1,32
( da redação com informações do IBGE)