31 de julho de 2025

Nordeste e a Educação.

Mulheres são maioria no ensino médio; A Paraíba seria onde há mais mulheres matriculadas, porém é numa cidade do Piauí que as mulheres batem recordes em presença no ensino médio.

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( Brasília-DF, 07/07/2004) Dos 5.395 municípios brasileiros que possuem estudantes do ensino médio, as mulheres são maioria em 73,4%. Ou seja, nessas localidades, elas representam 51% ou mais do total de alunos. O município com maior participação feminina é Cajazeiras do Piauí, onde 38 dos 47 estudantes são do sexo feminino – um índice de 80,9%. O menor percentual foi identificado em Inconfidentes (MG), onde as mulheres representam 24,8% do total da matrícula. Os dados são do Censo Escolar 2003, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).

 

 

Essa situação se repete em todas as capitais estaduais, onde a presença feminina na última etapa da escolarização básica supera a masculina. Em João Pessoa (PB), estado com o maior índice, 57,5% dos alunos são do sexo feminino. O menor índice de mulheres entre as capitais está em São Paulo , com 51,7%, evidenciando um equilíbrio entre os gêneros. No Brasil, 54,1% dos 9.072.942 alunos do ensino médio são mulheres.

 

 

Séries finais – Na creche, primeira etapa da educação básica, as mulheres representam 48,6% do total da matrícula. Já entre os concluintes da educação superior, elas são 62,9% do total. Os dados do Censo Escolar e do Censo da Educação Superior mostram que, à medida que aumenta o nível de escolarização, a participação feminina também cresce. Uma das explicações é que as mulheres conseguem permanecer no sistema de ensino, alcançando em maior número as séries finais de cada nível de ensino.

 

 

A média de anos de estudo entre as mulheres no Brasil também é maior que a dos homens. Elas têm, em média, 6,7 anos de estudo e os homens, 6,4, para a população de 15 anos ou mais, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2002, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

 

Pesquisas serão ampliadas – O Inep deverá ampliar as pesquisas sobre gênero nos seus levantamentos e avaliações. É o que foi definido na reunião do presidente do instituto, Eliezer Pacheco, com a ministra Nilcéia Freire, secretária especial de Políticas para as Mulheres, na semana passada. No primeiro momento, o Inep vai explorar os dados já existentes levantados por meio do Censo Escolar, do Sistema Nacional de Educação Básica (Saeb) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

 

 

O passo seguinte é incluir, a partir de consultas a especialistas no assunto, novas questões sobre gênero nos questionários dos censos e das avaliações. No Brasil, anualmente, 1,5 milhão de mulheres termina o ensino fundamental e um milhão conclui o nível médio.

 

 

 

 

( da redação com informações do MEC)