Nordeste e Estados Unidos.

( Brasília-DF,24/06/2004)  O encontro Brasil & Parceiros realizado em NovaYork para investidores do Hemisfério Norte teve um resultado mais do que positivo, essa é a  avaliação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, que foi passada a Politicareal pela assessoria de comunicação do Ministério, em Brasília. “Saímos daqui muito animados. O presidente Lula comemorou mais uma etapa que se conquista de novos investimentos e geração de emprego para o Brasil”, disse.  A assessoria não informou se foi positiva a negociação envolvendo produtos nordestinos. A única confirmação positiva para a região atinge a Bahia que terá expandido os turnos de trabalho na Ford. A decisão da companhia foi informada oficialmente ao Governo Federal. Os empreendedores dos setores de cacinocultura, álcool e algodão estão ansiosos. Esses setores têm ampla capilaridade nas economia do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Bahia.

 

 

Durante um dia inteiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e oito ministros se reuniram com mais de 700 investidores dos Estados Unidos, Canadá, Venezuela e México. As oportunidades que se abriram foram as mais diversas possíveis. “Nós podemos esperar novo fluxo de investimentos, as empresas são muito atrativas e há também muitas delas que estão vendo o Brasil como uma base competitiva para a exportação”, avalia Furlan.

 

 

Durante o evento, o presidente da Motorola do Brasil, Luis Cornetta, anunciou a instalação de cinco novas vias para produção de telefone celulares, a Ford anunciou que deve implementar o terceiro turno na fábrica da Bahia e elogiou as condições de produção no Brasil, dizendo que está com a produção vendida e que a tecnologia e mão-de-obra brasileiras são altamente sofisticadas.

 

 

Os encontros e os painéis setoriais renderam ainda resultados em relação às Parcerias Público-Privadas (PPP). A apresentação do ministro do planejamento, Guido Mantega despertou bastante o interesse dos investidores, principalmente no que diz respeito a oportunidades na área de infra-estrutura e, de bens de capital. “Esses investimentos público-privados têm um desdobramento também na indústria. Estivemos, por exemplo, com o presidente da GE do Brasil e altos executivos e tivemos a oportunidade de falar sobre o mercado de locomotivas”, disse Furlan.

 

O ministro lembrou que o Brasil foi fabricante de locomotivas nos anos 70 e deixou de fabricar quando a demanda caiu. Segundo ele, com a retomada em ferrovias, estruturas e o crescimento das exportações, tem-se uma demanda grande de vagões e de equipamentos ferroviários. “Os PPP podem alavancar também toda a cadeia produtiva porque uma construção de um novo porto, por exemplo, vai demandar armazéns, guindastes, porta contêineres, e isso pode movimentar toda a indústria”, explicou Furlan.

 

De acordo com o ministro, não há nada que substitua o contato pessoal, o contato face a face. As pessoas ouviram da boca do presidente, dos ministros os planos, as impressões, os compromissam e, para Furlan, essa é uma tática que realmente funciona. “Eu acredito que não tenha ninguém que saiu daqui sem motivação para investir no Brasil”, disse.

 

 

A expectativa do governo é de a partir do próximo ano contar investimentos diretos estrangeiros da ordem de no mínimo US$ 20 bilhões. “Para isso, nós não podemos ficar simplesmente esperando que os investimentos venham. Iremos a outras regiões do mundo, conversar com outros investidores, num trabalho de corpo-a-corpo, convencendo, dando oportunidade no Brasil”, concluiu.

 

 

Agenda e a “Operação Vampiro” -  Os encontro bilaterais continuam durante todo o dia de hoje. O ministro Furlan se reúne com Carlos Alberto Vieira - Presidente do Banco Safra , com Kip Thompson - Vice-presidente da Dell Computers, com Roberto Koch II - Presidente e CEO da Koch Enterprises. Terá ainda, no período da tarde, reunião com presidentes e diretores do setor farmacêutico: Andreas Fibig (Pfizer), Grey Warner (Merck), Chris Singer (GlaxoSmithKline), Will Stephens (Johnson&Joshnson),Chris Bugos (Aventis), Brendan Fenton (Bristol-Meyers Squibb), Kira Alvarez (Eli Lilly & Co) e Renar Aron (Pharma). Eles devem ter discutido, mas não foi confirmado pela assessoria de comunicação do Ministério, sobre o impacto no setor com as revelações do caso “ Operação Vampiro” . O ministro da Saúde, Humberto Costa, criticou os maus empresários do setor farmacêutico que corromperam e comrrompiam o setor de hemoderivados através de seus representantes no Brasil e em Brasília. Nos próximos dias o MPDF deverá apresentar a denúncia  contra os principais acusados.

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Amanhã, Furlan embarca para Washington, onde se encontra com subsecretário de comércio dos Estados Unidos, Grant Aldonas, para tratar do comércio entre os dois países e os entraves que existem sobre alguns produtos, como camarão, suco de laranja e algodão.

 

 

( da redação com informações do Ministério do Desenvolvimento)