Nordeste e a Globalização.

(Brasília-DF,15/06/2004)  “Vai tudo bem. É um dos grandes projetos nossos no Brasil. Em setembro virá o Prodetur Sul”, disse Enrique Iglesias, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, agora há pouco ao sair do seminário “ Brasil e  a Globalização”, organizado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, de Indústria e Comércio, da Câmara Federal, ao falar das operações do Banco no Nordeste, BNB.  Ele disse que a proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de taxar as commodities internacionais para compor um grande fundo de combate à fome já pode ser discutido sem problemas:

 

 

- Em passado recente isso não era possível – disse Iglesias, que ao final do seminário seguiu para um encontro com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

 

 

 

 

Iglesias falou por duas horas, juntando-se as perguntas e considerações feitas pelos deputados, oportunidade em que disse que cabe ao Brasil e a América Latina aprender com os “ 25 a 30 anos “ de aprendizado, fazendo sugestão aos erros cometidos. Ele disse em sua fala, parte escrita e parte improvisada com considerandos, que o Brasil foi o país da América Latina que menos sofreu com os efeitos pendulares dos anos 90 e disse que é fundamental que o país se volte mais para a questão social.   Ele lembrou que os cuidados macroeconômicos, como a busca pela estabilização são obrigatórios e não são “ de direita e nem de esquerda”.

 

 

 

 

“BENEMÉRITO NORDESTINO” - O presidente do BID que veio ao Brasil participar no décimo primeiro encontro das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, XI UNCTAD, além de ter participado do seminário organizado pela Câmara e da conversa que teve em seguida com Antonio Palocci, teve um encontro reservado com o presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, em que seriam tratados detalhes operacionais do Prodetur no Nordeste. Ele, Iglesias, insistiu na fala a Politicareal que não teme que o programa não atinja toda a região Nordeste, tanto face as exigências ambientais  como fiscais, que obrigam os estados a oferecerem  contrapartidas.

 

 

O senador Tasso Jereissati(PSDB-CE) participou do seminário que foi presidido pelo deputado Gonzaga Mota(PSDB-CE). O grupo tucano também foi representado pelo secretário-geral do Partido, deputado Bismarck Maia(CE) e do deputado e filho do governador  do Ceará, Lúcio Alcânatara, o deputado Léo Alcântara. O deputado Luiz Carrera(PFL-BA) lembrou o fato do presidente do Banco ser oficialmente cidadão baiano. “ Ele recebeu o título de cidadão baiano, na Assembléia Legislativa, num domingo!”.  Os dois estados, junto com o Rio Grande do Norte, serão os primeiros a receber recursos para operar o Prodetur II, no Nordeste. 

 

 

( da redação, com a coordenação de Genésio Araújo Junior)