31 de julho de 2025

Uma questão política, nada mais

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A pauta chinesa marcou este início de semana, com vigor.

É bom que se informe que a ausência de boa parte dos ministros importantes da Esplanada, que acompanharam o Presidente, e o mais recente caso de aparente mal uso dos recursos públicos, no caso Ágora, nos ajudaram a ver esses dias com a cor da contradição. Muito índio e pouco chefe, velhos problemas!

A Bancada do Nordeste decidiu não se encontrar nesta quarta-feira, como de hábito, porém a fala do deputado Roberto Freire(PP-CE), presidente do PPS nacional, no ?Roda Viva? da Tevê Cultura foi um alerta e tanto.

Muita gente pode dizer que a liderança de Freire é mitigada, face a influência de Ciro Gomes. Muita gente pode dizer que Freire lidera um partido pequeno. Muita gente pode dizer que Freire é um arrivista. Muita gente pode dizer que ele mal se elegeu lá em Pernambuco. Muita gente pode dizer que ele não é lá essas coisas. Ora bolas, em política pouca coisa pode virar alguma quando se tem alguma autoridade.

O PPS foi dos primeiros partidos que tem assento neste governo que se movimentou a dizer que nada estava bem, quando a cultura do governismo dominava a todos, o presidente Lula vivia uma momento magnífico, até meados do ano passado. O PPS foi o único a discrepar. Tem gente que diz que o PPS está muito perto do PSDB, pois foi um dos mais veementes defensores das reformas. Ele disse., no programa da segunda à noite, que seu Partido vai apresentar um documento com sugestões para mudar o país. Foi avisado pelos jornalistas que lhe entrevistavam .que corria o risco de ter seu documento olimpicamente ignorado. O problema é que o PL, recentemente, teve um documento encaminhado e nem recebido pelo Presidente - foram numa estratégia até hoje pouco ou mal compreendida. Freire disse que não vai repetir o equívoco(?!) liberal, mas além dessas e outras, como dizer que Ciro não estava no Governo por indicação do Partido e que não sairia da base ou que não iriam boicotar o Governo, o que chamou atenção, mesmo, foi a decisão de formular e de não abordar política de desenvolvimento regional.

Não se pode esquecer as referências aos tucanos, de que a entrada de José Serra na disputa paulista iria mexer com o país. Ele não disse, mas insinuou que esse seria mais um motivo para o governo observar os outros aliados, com atenção.

Bem, não resta dúvida que a fala de Freire foi marcante.

Nada como um momento para valorizar outros.

Bom dia, nordestinos e paulistas.

PONTUANDO

Os números que o IBGE divulgou ontem, como da taxa de desocupação e da renda no Brasil e no Nordeste foram provas, mais umas, de que as desigualdades regionais não param de crescer. As maiores taxas de desocupação e de redução de renda são no Nordeste.

Salvador vence todas nesse quesito E o pior - a Bahia também tem os piores índices de ocupação até sem carteira assinada. Ruim de um jeito e doutro. Nem tudo é ruim no Nordeste, em Recife houve o maior crescimento de ocupação por conta própria.

Só dá o Maranhão. Foi o primeiro a ser citado nos acordos do Brasil com a China.

ACM voltou a sentar a púa no Governo. Contou com os apartes dos senadores Tasso Jeiressati(PSDB-CE), José Agripino(RN), líder do PFL, e o ex-líder da minoria, Efraim Morais(PFL-PB). Comentou dos derrotados de Lula no Governo. Era nítida a dor de cotovelo.

Chamou atenção o fato de Jereissati ter se prontificado a fala logo após o senador baiano citar o fato de que o ex-senador Sérgio Machado(PMDB-CE), estar na importante Transpetro, subsidiária da Petrobras. Eles se detestatam figadalmente.

Gerou uma tremenda ciumeira o fato da oposição ter elogiado Aldo Rebelo, o alagoano-paulista, da Coordenação Política. O ciúme parecia que se via sair do quarto andar da presidência, onde fica a Casa Civil, ao lado da Coordenação!

Nota de Rodapé: Quem foi que disse?! .. .

por Genésio Araújo Junior

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