PFL e os movimentos sociais.
Mais uma dos baianos: deputado critica postura do governo com os movimentos sociais; parlamentar é um dos que querem o fim da CPI do Extermínio, no Nordeste.
( Brasília-DF,11/05/2004) O deputado José Carlos Araújo(PFL-BA) critica a postura do Governo Federal , tido como tolerante demais, com os movimentos sociais. Ele destaca a invasão de propriedades na Bahia, que produzem celulose, como danosas. Há tempos ele vem abordando essas questões defendendo os interesses dos fabricantes de celulose. José Carlos de Araújo defendeu recentemente, como outros deputados do PFL, o arquivamento do requerimento de prorrogação da CPI do Extermínio.
Veja agora o artigo de Araújo que foi publicada hoje no Informativo do PFL, da Câmara.
“O preocupante cenário da violência dos movimentos sociais
Ganham amplitude em todo o País as invasões de terras produtivas e de imóveis urbanos, as ocupações de instalações públicas, as interdições derodovias e outras manifestações violentas por parte de integrantes de“Movimentos Sociais”, patrocinadas sobretudo pelos “sem-terra” e os “semtetos”. Essas ações, juntamente com a violência que domina alguns
centros urbanos, vêm repercutindo e produzindo reflexos em todo o País e até
no exterior, causando indignação e repulsa na opinião pública e em todos nós.
Chamo a atenção que os míopes e contumazes agitadores que invadiram a fazenda da Veracel Celulose S.A partiram de um acampamento que tiveram o desplante de denominar “Lulão”, como se assim estivessem prestando uma homenagem ao presidente da República.
Na contramão do bom senso e da própria política
governamental, as lideranças ousaram em afrontar o apoio dado pelo
governo federal a um dos maiores empreendimentos de produção de celulose do mundo, que envolve investimentos de aproximadamente um bilhão, duzentos e cinqüenta milhões de dólares e vai gerar cerca de 12 mil empregos diretos e indiretos, prestando, assim, mais um desserviço ao seu próprio governo e ao Brasil.
Não bastasse isso, invadiram também propriedade
da empresa Klabin, em Santa Catarina, ao que tudo indica elegendo
o setor de celulose como um dos alvos prediletos, pela repercussão
internacional.
Se analisarmos o quadro geral do Brasil, vamos
constatar que a “Insegurança Pública” assusta a sociedade, que está
a cada dia se sentido mais indefesa. Em algumas localidades de
importantes centros urbanos, o crime organizado desafia abertamente as instituições e parece querer substituir o Poder do Estado.
As inconseqüentes lideranças dos principais movimentos sociais extrapolam em
suas ações, dispostas a avançar na firme intenção de cumprir a promessa não só de transformar apenas o mês de abril em “Vermelho”, mas sim todo o governo lula
em “Vermelho”.
Ao invés de trilharem o caminho legal na busca da justiça agrária e social, ao que tudo indica querem, de fato, “
infernizar, incendiar o País ”.
A sociedade está a exigir do poder público mais do que promessas, declarações de intenções ou manifestações dúbias.
O que se observa é que a efetiva aplicação da Lei, principalmente pelo Poder
Executivo e o tão vigilante Ministério Público, não guarda correspondência com a suposta manifestação de vontade.
As análises são unânimes em apontar que as anunciadas metas de assentamentos dificilmente serão alcançadas.
Daí, justificar-se, em parte, a anunciada impaciência dos “Movimentos”.
Pelas ameaças postas a público, constata-se que esse perigoso estado de ânimos
tende a evoluir para um cenário bastante adverso e temerário.”
( da redação com Informativo do PFL, na Câmara))