A Indústria e o Nordeste, em 2.003.
IBGE informa que o setor ficou menor na região comparado com o último ano de FHC.
(BrasíliaDF,13/02/2004) A indústria brasileira, segundo o IBGE, teria crescido no ano passado em oito regiões das 12 pesquisadas, porém, no acumulado do ano, o primeiro do governo Lula, as perdas na região nordestina foram negativas em 2,2. Em 2.002, o último do governo Fernando Henrique Cardoso,se teve um refluxo de meio por cento. Em
Quanto ao resultado final da indústria brasileira em 2003, o crescimento de 0,3 também reflete a performance positiva de seis das doze áreas pesquisadas. A indústria capixaba mantém a liderança regional, com taxa de 11,6, apoiada no crescimento da produção de petróleo e no perfil exportador de seu parque produtivo. Em seguida, no Rio Grande do Sul (3,8), a alta deveuse ao dinamismo na fabricação de máquinas e implementos agrícolas e, em segundo plano, à fabricação de fertilizantes. No Paraná (3,0) o perfil do crescimento é semelhante, com os principais impactos positivos vindo de mecânica (colhedeiras agrícolas e refrigeradores) e química (álcool e fertilizantes). Crescem também as indústrias de Pernambuco (2,3), região Sul (1,5) e São Paulo (0,6). No caso de São Paulo, vale mencionar que o índice acumulado passa de um resultado negativo em setembro (0,2) para 0,6 em dezembro.
NORDESTE A indústria nordestina, em dezembro último, caiu 4,3 na comparação com igual mês do ano anterior, registrando uma queda menos acentuada do que novembro (10,5%). Também caíram todos os indicadores para períodos mais abrangentes: 4,8 no trimestral, 3,7 no semestral e 2,2 no acumulado do ano.
A queda de 4,3 no indicador mensal da indústria nordestina foi determinada, sobretudo, pelo desempenho da indústria química (12,2), em decorrência da diminuição na produção de gasolina e óleo diesel. Também contribuíram negativamente mais oito dos quinze ramos pesquisados, dentre estes, as maiores retrações foram observadas nas atividades de vestuário e calçados (25,5), em função do decréscimo na fabricação de blusões e camisas esporte; e têxtil (5,2), que apresentou recuos na produção de fio cru de algodão e tecido acabado. Por outro lado, contrabalançaram esse movimento de queda, os aumentos apresentados pelos gêneros: metalúrgica (9,1), impulsionado pela expansão na fabricação de vergalhões de cobre, e extrativa mineral (4,4), em função de uma maior extração de petróleo bruto e gás natural.
O indicador acumulado janeirodezembro apresentou uma queda de 2,2, refletindo as retrações de onze dos quinze ramos pesquisados, dentre estes, os de maior impacto foram: química (2,5) e vestuário e calçados (22,9), que assinalaram, respectivamente, recuos na produção dos itens: gasolina e blusões e camisas esporte. A contribuição positiva mais relevante foi dada pela metalúrgica (3,8), impulsionada pela produção de vergalhões de cobre.
CEARÁ Em dezembro de
No resultado negativo da comparação com igual mês do ano anterior (0,5), sete dos doze gêneros pesquisados caíram. Entre que mais influíram negativamente, estão o têxtil (10,7), pela redução na produção de tecido e fio cru de algodão, e vestuário e calçados (16,0). Os maiores impactos positivos vieram das indústrias de produtos alimentares (8,0%) e metalúrgica (15,3%), em razão, respectivamente, do maior beneficiamento da castanha de caju e da elevação na produção de latas de metais para embalagem.
Por último, o indicador acumulado no ano caiu 1,5, refletindo decréscimos em nove dos doze ramos. O índice anual teve seu desempenho influenciado pela performance adversa de setores que, relativamente, dependem mais da evolução da massa salarial, como têxtil (4,4) e minerais nãometálicos (15,9), por conta, respectivamente, dos recuos nos itens fio cru de algodão e cimento comum, que provocaram as maiores pressões negativas sobre o índice global. Em contraposição, o principal destaque positivo veio de produtos alimentares (3,2), impulsionado pela maior demanda externa por castanha de caju beneficiada.
Pernambuco Em dezembro último, a indústria de Pernambuco registrou expansão de 8,2, sendo o seu quinto resultado positivo desde de agosto. Os indicadores para períodos mais abrangentes também exibem taxas positivas: 6,6 no trimestral, 6,7 no semestral e 2,3 no acumulado janeirodezembro.
No confronto dezembro 03/ dezembro
O acumulado no ano subiu 2,3, melhorando em relação a novembro (1,6). A principal contribuição positiva veio de produtos alimentares (14,7). Mas oito dos quatorze ramos tiveram queda, e a maior delas foi em vestuário e calçados (50,4), pois diminuiu a produção de blusões, camisas esporte e camisetas.
Bahia A produção industrial da Bahia encerrou 2003 com taxas negativas nos principais confrontos: no mensal de dezembro, recuou 11,7 e no acumulado do ano (1,9). Para outros tipos de comparações, como a do último trimestre do ano (10,6%
%) e do segundo semestre (7,3), a performance também foi negativa.
Em relação a dezembro/02, a industria baiana encolheu 11,7, sua segunda maior perda no ano, superada apenas pela de novembro (20,5). Seis segmentos industriais foram responsáveis pela taxa negativa. Entretanto, os maiores impactos vieram de química (18,4), produtos alimentares (28,8) e produtos de matérias plásticas (41,5). Na química, persistiram as perdas na produção de gasolina e de óleo diesel, a exemplo do que ocorreu em novembro, pressionando negativamente o resultado de dezembro. Em produtos alimentares, os itens mais influentes foram: chocolate amargo e suco e concentrado de frutas. Quanto a matérias plásticas, os itens que mais sobressaíram foram: mangueiras, tubos e canos de plásticos.
A produção total de 2003, relativamente a 2002, também foi negativa (1,9). No corte por setores, as perdas mais influentes na taxa global, vieram de química (3,5), pelo recuo da produção de gasolina e nafta; e de produtos alimentares (7,5), pelo efeito negativo da produção de chocolate amargo.
( redação com informações do IBGE)