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- Contato Brasil, 11 de dezembro de 2024 00:00:33
( Publicada originalmente às 10h 11 do dia 11/11/2024)
(Brasília-DF, 12/11/2024) Chegou na redação da Política Real as Estatísticas Fiscais com os dados atualizados até setembro de 2024 divulgadas pelo Banco Central(BC)
O setor público consolidado registrou déficit primário de R$7,3 bilhões em setembro, ante déficit de R$18,1 bilhões no mesmo mês de 2023. No Governo Central, nos governos regionais e empresas estatais houve, na ordem, déficits de R$4,0 bilhões, R$3,2 bilhões e R$192 milhões. Em doze meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$245,6 bilhões, equivalente a 2,15% do PIB e 0,11 p.p. inferior ao déficit acumulado nos doze meses até agosto.
Os juros nominais do setor público não financeiro consolidado, apropriados por competência, somaram R$46,4 bilhões em setembro de 2024, comparativamente a R$81,7 bilhões em setembro de 2023. Essa redução foi influenciada pelo resultado das operações de swap cambial (perda de R$15,9 bilhões em setembro de 2023 e ganho de R$20,0 bilhões em setembro de 2024). No acumulado em doze meses até setembro deste ano, os juros nominais alcançaram R$819,7 bilhões (7,19% do PIB), comparativamente a R$699,7 bilhões (6,56% do PIB) nos doze meses até setembro de 2023.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$53,8 bilhões em setembro. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$1.065,3 bilhões (9,34% do PIB), ante déficit nominal de R$1.111,3 bilhões (9,81% do PIB) acumulado até agosto de 2024.
Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) e Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG)
A DLSP atingiu 62,4% do PIB (R$7,1 trilhões) em setembro, elevando-se 0,4 p.p. do PIB no mês. Esse resultado refletiu em especial os impactos da valorização cambial de 3,7% no mês (+0,5 p.p.), dos juros nominais apropriados (+0,4 p.p.), da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.), e dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,2 p.p.). No ano, a DLSP elevou-se 1,5 p.p. do PIB, em função, sobretudo, dos impactos dos juros nominais (+5,7 p.p.), do déficit primário (+0,8 p.p.), do reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (-2,9 p.p.), do efeito da desvalorização cambial de 12,5% acumulada no ano (-1,3 p.p.), dos demais ajustes da dívida externa líquida (-0,7 p.p.), e do ajuste de privatizações (-0,3 p.p.).
A DBGG – que abrange Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 78,3% do PIB (R$8,9 trilhões) em setembro de 2024, redução de 0,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Essa redução decorreu principalmente da evolução dos juros nominais apropriados (+0,6 p.p.), do resgate líquido de dívida (-0,2 p.p.), da valorização cambial (-0,2 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,5 p.p.). No ano, o aumento de 3,8 p.p. do PIB resulta sobretudo da incorporação de juros nominais (+5,6 p.p.), da emissão líquida de dívida (+1,2 p.p.), do efeito da desvalorização cambial acumulada (+0,5 p.p.), do reconhecimento de dívida (+0,2 p.p.) e do crescimento do PIB nominal (-3,6 p.p.).
(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)