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  • 25/11/2021 08h00

    CONTAS REGIONAIS: Crédito avançou 5,2% em setembro numa média entre as cinco regiões brasileiras, aponta Banco Central

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    Foto: Arquivo Política Real

    Banco Central divulgou números das contas regionais

    ( Publicada originalmente às 11h 20 do dia 24/11/2021) 

    (Brasília-DF, 25/11/2021) O Banco Central(BC) divulgou nesta quarta-feira, 24, seu Boetim Contas Regionais. Foram divulgados números sobre o cédito nas regiões.

    O saldo de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) cresceu no terceiro trimestre de 2021 condicionado por aumentos no segmento empresarial (pessoa jurídica – PJ) (3,6%) e, principalmente, nas operações com pessoas físicas (PF) (6,4%), em linha com a retomada do consumo e o aumento na demanda por financiamentos rurais. No agregado, o crédito nas cinco grandes regiões brasileiras1 registrou crescimento trimestral de 5,2% em setembro.

    O Norte continuou assinalando a maior taxa de expansão no trimestre, tanto no segmento essoa fícis como no pessoa jurídica, com destaque para os empréstimos no Pará e em Rondônia. As demais regiões também apresentaram crescimentos significativos, em cenário de recuperação da mobilidade e retomada gradual da atividade e do consumo. Dentre as principais modalidades de contratação de PF, predominaram os empréstimos pessoais (consignados ou não) na maior parte das regiões. Adicionalmente, o crédito rural destacou-se no Norte, no Centro-Oeste e, principalmente, no Sul, em função do Plano Safra 2021/2022, cujas liberações se concentram de julho a setembro.

    Os financiamentos imobiliários por sua vez mantiveram crescimento, a despeito da elevação da Selic. O nível historicamente baixo da taxa de juros incidente nessas operações condicionou a trajetória favorável de tais financiamentos, sobretudo no Sudeste .

    O crédito às empresas também expandiu em todas as regiões no terceiro trimestre, sob efeito do impulso adicional de recursos do Pronampe. Em particular a alta mais moderada no Sudeste refletiu diminuição nos financiamentos à exportação no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, com a amortização de parte das operações contratadas em 2020. No segmento de recursos direcionados, além das operações de Pronampe, classificadas em outros créditos direcionados, destacaram-se o crédito rural no Centro-Oeste e financiamentos do BNDES no Nordeste. No crédito livre, houve incrementos expressivos em operações de prazo mais curto, como títulos descontados, e para capital de giro e financiamento de veículos.

    O comércio sobressaiu como principal demandante de crédito no trimestre em todas as regiões. No Norte (Pará) e Nordeste destacaram-se ainda as contratações de empresas de eletricidade e gás. Em linha com o dinamismo da agropecuária, o Centro-Oeste apresentou forte crescimento das operações nesse setor, em especial no Mato Grosso. No Sudeste, o crescimento do crédito em outros serviços foi influenciado, principalmente, pelo acréscimo de saldos a holdings de instituições não financeiras. No Sul, houve expansão de concessões às empresas de fabricação de alimentos e bebidas – exceto açúcar – bem como às de transporte rodoviário de carga, a exemplo do Sudeste .

    A inadimplência das carteiras de crédito permaneceu reduzida, mesmo após o fim de carências concedidas em 2020. O percentual de atrasos acima de noventa dias do crédito PF manteve-se relativamente estável de julho a setembro, exceto no Nordeste, que apresenta desde janeiro de 2019 o maior percentual de atraso da carteira, e cuja ampliação decorreu, em boa medida, do inadimplemento no cartão de crédito financiado (Gráfico 2). Os atrasos no conjunto do crédito PJ – em patamar inferior àqueles das operações PF – registraram retração no Sudeste, no Centro-Oeste e no Sul (Gráfico 3), resultando em discreto recuo no cômputo nacional.

    A despeito do arrefecimento na recuperação da atividade econômica e do aperto monetário, os resultados sinalizam maior ritmo de expansão do crédito na margem, comparativamente aos dois trimestres anteriores, em especial pelo dinamismo do segmento PF. Apesar da taxa de crescimento mais alta no Norte, sobressaiu o crédito também no Centro-Oeste e no Sul, cujos resultados repercutiram a expansão das carteiras de financiamento rural. No segmento corporativo, a carteira com recursos direcionados liderou o incremento de concessões, destacando-se também a ampliação em operações de menor prazo. Regionalmente, o aumento do saldo de crédito às empresas no Sudeste, após recuo no trimestre anterior, foi determinante para a maior taxa de expansão do saldo agregado nacional.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)_


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