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  • 27/04/2021 07h40

    SAÚDE: Marcelo Queiroga disse aos senadores que não mudou o cronoragrama de vacinação e disse que os governadores estão atrapalhando, incluindo mais grupos

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    Foto: imagem de Streaming

    Comissão do covid-19 recebeu Marcelo Queiroga

    ( Publicada originalmente às 12h 22 do dia 26/04/2021) 

    (Brasília-DF, 27/04/2021) O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao participar da reunião da Comissão Temporária da Covid-19 (CTCOVID19) do Senado Federal nesta segunda-feira, 26, disse que o governo federal não reduziu suas metas iniciais de vacinação, apenas retirou do cronograma vacinas que ainda não foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como a indiana Covaxin. Ele disse, também, que os governadores estão atrapalhando a vacinação ao fazer incorporações de grupos para vacinação.

    Ele recebeu cobranças dos senadores na reunião de hoje.

    “Em nenhum momento, o Ministério reduziu metas de vacinação; o que fizemos foi retirar do calendário aquelas vacinas que estavam sem a aprovação da Anvisa, pois entendemos que deveria entrar somente o que já está aprovado pela instância regulatória. Havia, por exemplo, previsão de 20 milhões de doses da  Covaxin, que não obteve o registro ainda, e nós retiramos para não criar uma falsa expectativa na população. Se for autorizada, vamos novamente colocá-la no calendário e, por óbvio, a vacinação vai caminhar mais rápido”, explicou. 

    Cronograma confiável

    O senador Wellington Fagundes (PL-MT), relator da comissão, foi o primeiro a abordar o assunto, ao perguntar quando o governo apresentará de fato um cronograma confiável. Até agora, acrescentou o senador, cerca de 30 milhões de brasileiros foram vacinados — cerca de 15% da população — o que coloca o Brasil atrás de outros países. 

    “A vacinação dos brasileiros continua caminhando a passos lentos. Israel, por exemplo, que lidera no mundo, já vacinou 65% de sua população; o Reino Unido, 50%; e o Chile e os Estados Unidos, mais de 40%. A projeção era vacinar os 77 milhões de brasileiros do grupo prioritário até junho de 2021. O ministro esteve na comissão pela primeira vez em 29 de março, quando estabeleceu a meta de vacinar pelo menos um milhão de brasileiros por dia, o que permitiria cumprir o plano. Depois disso, assistimos a uma aceleração da imunização que não durou mais do que alguns dia”,  disse o senador do chamado centrão.

    Queiroga, por sua vez, disse que não é possível comparar o Brasil com Israel e outros países menores. 

    “Pessoas ficam na mídia criticando o tempo inteiro nosso programa de vacinação e já somos o quinto que mais distribui imunizantes. Não há que se comparar com Chile ou Israel, pois o Brasil é um país de dimensões continentais e com grande dificuldade logística. Já temos, por exemplo, 56% da população indígena vacinada”.  explicou Queiroga. 

    A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) não se convenveu com os argumentos do Ministro.

    “O que falta é vacina mesmo. Não tem essa questão de estratégia e logística não. Essa história de dizer que é o quinto que mais vacina, nós somos também o segundo com maior número de mortes “, disse. 

    Queiroga que a inclusão de determinados grupos por decisão de estados e municípios no programa de vacinação contra a covid-19 tem atrapalhado o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. “Se nós respeitássemos o Programa Nacional de Imunizações conforme pactuado na [reunião] tripartite [União, estados e municípios], ele seria melhor”.

    "É até um apelo que eu faço. Nós sabemos que, no afã de contribuir com a vacinação, às vezes, se pressiona para botar um grupo prioritário ou outro. Todos têm razão em querer ter a vacinação o mais rápido possível, mas, às vezes, isso atrapalha o nosso PNI. Então, fazer com que o PNI tenha as decisões pactuadas na tripartite mantidas e com que, nos municípios, nos mais de cinco mil municípios do Brasil, ele seja cumprido é um desafio para todos nós”, afirmou, durante audiência pública da Comissão Temporária da Covid-19 no Senado.

    O secretário-executivo do ministério, Rodrigo Otávio Moreira da Cruz, explicou que o número de 77 milhões de grupo prioritário vacinado só vai ser obtido em setembro porque há vacina que exige intervalo de três meses entre as doses. Logo, a primeira dose será administrada em todos até a primeira quinzena de junho, para, três meses depois, o ciclo ficar completo.  Esta é a segunda vez que Marcelo Queiroga participa de audiência da comissão.

    Queiroga criticou a polêmica entre doses distribuídas e as efetivamente aplicadas no país. Segundo o ministro, o vacinômetro do Ministério da Saúde aponta mais de 57 milhões de doses distribuídas e cerca de 37 milhões de doses aplicadas. Sobre a diferença de 20 milhões de doses, o ministro explicou que algumas são reservadas para segunda dose e estão guardadas. Disse ainda que outras não chegaram aos municípios, porque “há um retardo, um delay de cerca de 10 dias para que essas doses, uma vez entregues, sejam distribuídas para os municípios".

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)


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