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  • 07/04/2021 08h11

    CORONAVIRUS: País já perdeu para o covid-19 quase seis mil profissionais da Saúde, diz Arpen-Brasil

    De acordo com a entidade, o registro de óbitos dos profissionais de saúde, em 2.020, é 25,9% maior do que o registrado em 2.019 e, a se manter a média verificada nos primeiros meses de 2.021, o país pode perder mais dois mil até o final do ano
    Foto: Arquivo da Política Real

    Profissionais médicos morrem de covid-19

    ( Publicada originalmente às 16h 20 do dia 06/04/2021) 

    (Brasília-DF, 07/04/2021) A Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) informou nesta terça-feira, 06, o país já perdeu para a pandemia do novo coronavírus (covid-19) quase seis mil profissionais da Saúde. De acordo com a entidade, o registro de óbitos dos profissionais de saúde, em 2.020, foi 25,9% maior do que o registrado em 2.019 e, a se manter a média verificada nos primeiros meses de 2.021, o Brasil poderá perder mais dois mil destes profissionais até o final do ano, totalizando a perda de 7.812 dentre médicos, enfermeiros, dentre outros.

    O levantamento da Arpen-Brasil reúne dados de todos os cartórios de registro civil no país. Com base neste registros de óbitos emitidos de março de 2.020 a fevereiro de 2.021, o país já perdeu 5.798 profissionais da saúde desde o início da pandemia. Os dados serão disponibilizados no portal da transparência do registro civil (www.transparencia.registrocivil.org.br). A medição contabiliza os dados de óbitos pelas 12 profissões da área da saúde como biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Odontologia, Psicologia, Radiologia, Nutrição, Gestão Hospitalar, Estética e Cosmética e Ciências Biológicas, considerando os termos variáveis relacionados a cada uma das profissões e que podem constar no atestado de óbito.

    “O portal da transparência vem a cada dia evoluindo em seus módulos, aperfeiçoando os filtros e as possibilidades de buscas. Após os óbitos por covid, causas respiratórias, cardíacas, local de falecimento, cor de pele e local de residência, vamos conseguir segmentar os óbitos por profissões, o que permitirá termos o real impacto da pandemia sobre os profissionais da saúde, que estão na linha de frente e são tão caros a todos nós na luta contra o coronavírus”, explicou o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Fiscarelli.

    Impacto regional

    O estados mais atingidos pela perda de profissionais da área da saúde foram o Rio de Janeiro, com 1.596 falecimentos, seguido por São Paulo, com 1.563, Paraná, com 692, Bahia, com 497, Rio Grande do Sul, com 481, e Minas Gerais, com 346. Já os óbitos apenas pela causa mortis de covid-19 totalizaram 1.411 até fevereiro de 2.021, e o Rio de Janeiro foi o mais atingido, com 396 mortes, seguido por São Paulo, com 371, Paraná, com 154, Bahia, com 115 e Rio Grande do Sul, com 108.

    Com relação aos óbitos apenas de médicos, o portal da transparência do registro civil aponta um total de 695 falecimentos, 28,8% a mais do que os registrados em 2.019, e 35% a mais nos dois primeiros meses de 2.021 em relação ao mesmo período do ano passado. A seguir com esta tendência de óbitos, o país terminará o ano de 2.021, com 1.080 profissionais de medicina a menos.

    Já os falecimentos de profissionais de enfermagem totalizaram 1.893 desde o início da pandemia, representando um aumento de 32% em relação à 2.019 e de 24% na comparação dos dois primeiros meses de 2.021 em relação ao mesmo período de 2.020.

    A seguir esta tendência dos dois primeiros meses do ano, o Brasil pode terminar 2.021 com um total de mais de 2.200 enfermeiros mortos. São Paulo é onde mais faleceram profissionais de enfermagem, 800, seguido pelo Rio de Janeiro, 278, Paraná, 155, e Rio Grande do Sul, 118. Já os óbitos de socorristas, que normalmente trabalham nos resgates em ambulâncias chegaram a 274, 37% a mais do que em 2019.

     

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     


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