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  • 14/01/2021 08h15

    SUCESSÃO NA CÂMARA: Baleia Rossi, no Ceará, diz que ação de Trump contra Capitólio não será permitida no Brasil contra o Congresso Nacional

    Emedebista falou, ainda, que pedidos de impeachment contra o presidente brasileiro serão analisados conforme determina a Constituição de 88; ele voltou a falar também que em sua gestão a Câmara permanecerá independente e jamais será “submissa”
    Foto: Imagem do Twitter

    Baleia Rossi esteve com bancada do Ceará em Fortaleza

    ( Publicada originalmente às 20h19 do dia 13/01/2021) 

    (Brasília-DF, 14/01/2021) Após se encontrar nesta quarta-feira, 13, com o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e boa parte da bancada federal cearense, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), candidato à presidência da Câmara, afirmou que teme que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) possa repetir os gestos do ainda presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e incentivar seus apoiadores a invadirem o Congresso Nacional do país.

    Na última quinta-feira, 7, militantes favoráveis ao ainda presidente norte-americano invadiram a sede do Congresso daquele país com o objetivo de tentarem evitar que o presidente eleito, Joe Biden, tome posse na próxima quarta-feira, 20. A invasão de trumpistas resultou em cinco mortes. Quatro de apoiadores e uma de um policial que que tentava dispersar os invasores.

    A declaração aconteceu após responder a uma pergunta sobre a afirmação do senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE), que em entrevista ao jornalista Élio Gaspari, colunista dos jornais O Globo e O Estadão, disse que as instituições brasileiras precisarão “ser fortes [e] trincar os dentes” para que o Brasil se mantenha como uma nação democrática e evite as tentações do atual presidente brasileiro em promover uma intervenção nos demais poderes da República.

    “Eu respeito às instituições, eu respeito a Constituição cidadã, que muitas pessoas criticam, o problema não está na Constituição. Acho que as soluções estão na nossa Constituição cidadã de 88 e são questões inegociáveis. Eu vejo com muita preocupação o que o presidente Trump fez nos Estados Unidos. Acho que é uma preocupação de todo o mundo, é algo muito ruim por que é um atentado à democracia e nós enquanto deputados federais, todos aqui, não vamos permitir que isso aconteça no nosso país”, respondeu o emedebista.

    Impeachment

    Baleia Rossi falou, ainda, que os mais de 50 pedidos de impeachment contra o presidente Bolsonaro e que ainda não foram analisados pelo ainda presidente da Casa, Rodrigo Maia, serão devidamente avaliados, conforme determina e prevê a Constituição de 1.988, se possuem condições de serem aceitos, ou não.

    “Esse é um tema que está na Constituição. Nós não podemos abrir mão de nenhuma prerrogativa do presidente da Câmara. Todos os instrumentos em defesa da democracia precisam ser respeitados e nós vamos agir, de acordo com o que a Constituição prevê”, comentou.

     

    Sem submissão

    Apoiado por Maia e por um conjunto de 11 partidos, que vão desde legendas do espectro à direita até à esquerda do cenário político brasileiro, Baleia Rossi voltou a afirmar que sua vitória para comandar a Câmara dos Deputados será a vitória daqueles que pretendem ter um legislativo independente e que jamais será submisso.

    “Acho que uma Câmara independente consegue muito mais [que] uma Câmara submissa que acaba sendo um cartório do que o Executivo quer. [Vamos manter uma Câmara] que garantiu o auxílio emergencial, não em R$ 200,00 como queria o governo, mas em R$ 600,00 e que foi uma conquista do parlamento”, destacou.

    Diferença das candidaturas

    Questionado sobre existem diferenças entre a sua candidatura e a candidatura do principal adversário pelo comando da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), o emedebista voltar a afirmar que sua candidatura “representa uma união de 11 partidos, que deixaram de lado as diferenças ideológicas”.

    “Nós não podemos nivelar a Câmara dos Deputados por baixo. Temos que separar o que cada uma das candidaturas representa. A nossa candidatura representa [um] posicionamento para defender uma Câmara forte, independente, que foi capaz nestes últimos dois anos e, principalmente, neste ano de pandemia, fazer com que os estados tivessem uma ajuda especial e os municípios extremamente importantes. É evidente que pretendemos uma Câmara que defenda a democracia, defenda as instituições e que possa trabalhar no fortalecimento de cada um dos 513 deputados. Saudar também o nosso presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, que nos últimos dois anos foi muito importante para garantir avanços de projetos extremamente importantes para o nosso país”, complementou

    “Fazemos parte de uma frente ampla que são 11 partidos e acho que desde a redemocratização do país, nós não tivemos um movimento político tão importante reunindo partidos que às vezes pensam diferentes sobre economia, sobre o papel do Estado, mas que para defender os pilares que alicerçam a nossa candidatura, estamos juntos pela defesa da democracia, pela Câmara independente, para que haja um equilíbrio e que a gente garanta o que está escrito na Constituição, que é a harmonia entre os poderes. Esses pilares são mais importantes do que qualquer diferença”, finalizou.

     

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     

     

     


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