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  • Contato Brasil, 24 de novembro de 2024 12:41:46
Magno Martins
  • 13/01/2021 08h33

    Pacheco deve suceder Alcolumbre

    Em eleição secreta, porém, sempre há surpresas por causa das traições de última hora, mas quem acompanha mais de perto o processo no Senado não tem dúvida em arriscar que Pacheco sucederá Alcolumbre

    Rodrigo Pacheco( foto: arquivo do colunista)

    (Recife-PE) Indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), sob as benções do presidente Bolsonaro, para disputar à Presidência da Casa, o senador mineiro Rodrigo Pacheco (DEM) já pode, desde já, a preparar a beca da posse. Para atingir os 41 votos que garantem sua eleição no próximo dia 1 só faltam três votos. Sua contabilidade está em 38 votos com o anúncio fechado dos sete senadores do PP.

    Na última semana, Pacheco fechou três apoios e se consolidou na dianteira da corrida eleitoral. Conta com a palavra de PSD (11), DEM (5), Pros (3), Republicanos (2) e PSC (1). Incrivelmente, ganhou até os votos da bancada do PT, partido de oposição frontal ao Governo. São mais seis votos no seu balaio, que deve ser recheado ainda mais ao longo desta e das próximas semanas.

    Em eleição secreta, porém, sempre há surpresas por causa das traições de última hora, mas quem acompanha mais de perto o processo no Senado não tem dúvida em arriscar que Pacheco sucederá Alcolumbre. Já o MDB, maior bancada do Senado com 15 membros, confirmou, ontem, o nome de Simone Tebet (MDB-MS) como candidata da sigla à presidência da Casa.

    O partido decidiu entre Tebet e Eduardo Braga (MDB-AM), líder da bancada. Tradicionalmente, o presidente do Senado é da maior bancada. Para que isso não ocorra, são necessárias condições muito específicas, como as vistas na eleição de Alcolumbre, em 2019. Na ocasião, o MDB rachou em torno de Renan Calheiros e Simone Tebet e acabou optando pelo senador alagoano.

    O MDB chegou a ter quatro postulantes a candidato da sigla e, por mais que pregue discurso de união na bancada, esse cenário pode não se concretizar até a eleição. Enquanto isso, na Câmara dos Deputados o ambiente está mais carregado, incerto, com tendência para vitória do também governista Arthur Lira, do PP alagoano. Diferente, entretanto, do comportamento no Senado, o PT está do outro lado do balcão na eleição da Câmara, na oposição, mesmo não tendo ainda fechado e anunciado apoio ao deputado Baleia Rossi, do MDB de São Paulo.

    Para bater o martelo em apoio a Baleia, o PT exige que o candidato assuma o compromisso público de que, eleito, abra o processo de instalação do impeachment do presidente Bolsonaro. Há muitos pedidos nesse sentido engavetados pelo atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumiu uma espécie de coordenação da campanha do adversário de Lira. Como não há um terceiro candidato, a menos que o PT decida caminhar em faixa própria, a eleição na Câmara tende a ser decidida em primeiro turno.

    Razão do apoio – O líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), justifica a escolha do partido de oposição à candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na disputa pelo comando da Casa pela falta de opções. “Não temos condição de escolher um candidato de oposição ao Bolsonaro porque não tem”, afirmou. A decisão da bancada petista chama a atenção porque Pacheco, líder da bancada do DEM, é o concorrente que tem o aval do presidente Jair Bolsonaro. Na Câmara, o PT aderiu à campanha do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) ao comando da Casa justamente sob o argumento de que não poderia estar com o Governo.

    Marcar posição – Desde que Bolsonaro acertou com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP), o respaldo à candidatura de Pacheco, os governistas do MDB traçaram outra estratégia. Os líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PE), e no Congresso, Eduardo Gomes (TO), atenderam ao apelo de Bolsonaro e desistiram de entrar no páreo. Eduardo Braga, líder do MDB no Senado, seguiu o mesmo caminho ao perceber que não teria chance. Presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Tebet é apontada nos bastidores como um nome que vai para a disputa apenas para marcar posição e indicar independência do partido em relação ao Planalto.

    Reação à espionagem – O serviço de mensagens Telegram ultrapassou, ontem, os 500 milhões de usuários. Mais 25 milhões de pessoas aderiram ao aplicativo nas últimas 72 horas. No Brasil, a plataforma é vista como alternativa ao WhatsApp, que anunciou mudanças nos termos de uso, que incluem intercâmbio de informações com o Facebook, dono do serviço de mensagens instantâneas. Há temores de que a nova política permitirá que a empresa espione os usuários.

    Roubo em calumbi – Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o novo prefeito da pequena Calumbi, no Sertão do Pajeú, Erivaldo José da Silva, o Joelson, do Avante, disse que passados 12 dias da sua posse ainda não tem a menor noção da herança maldita deixada pela ex-prefeita Sandra da Farmácia (PT), porque não encontrou um só computador no gabinete ou na Secretaria de Finanças armazenando as informações sobre a saúde financeira do município. “Levaram tudo, nem pagamento de pessoal em tenho noção de como ficou. O que ouço é que não há atraso, mas nada oficial”, desabafou. Que vergonha!

    CURTAS

    SAÚDE – Último auxiliar escolhida em Serra Talhada pela prefeita Márcia Conrado (PT), a enfermeira Lisbeth Rosa, da pasta de Saúde, é mãe do seu esposo, o dentista Breno Araújo. Alexandra Novaes, que chegou a ser cotada para a função, foi escolhida para auxiliar a nova secretária como secretária-executiva. Na prática, a própria prefeita não vai ter dificuldades na área, porque passou seis anos à frente da pasta na gestão de Luciano Duque.

    MERENDA – As empresas e fornecedores que se envolverem em fraudes na venda de merenda escolar ou entregarem comida fora do prazo ou sem qualidade ficarão proibidos de participar de licitações e de assinar contratos com o governo de Pernambuco por até dois anos. É o que determina lei promulgada na última segunda-feira. A norma foi publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa. Ela altera a Lei 12.525, de 30 de dezembro de 2003, que trata das licitações e contratações com a administração pública.

    Perguntar não ofende: Com apenas 50% de eficácia, dá para tomar a vacina chinesa?

     


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